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Participantes de seminário defendem isonomia entre sistemas público e privado na TV 3.0

Novo modelo de televisão aberta começa a ser implementado no próximo ano no País

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Em seminário sobre a implantação do novo modelo de televisão aberta a ser adotado no Brasil, chamado de TV 3.0, participantes ressaltaram a necessidade de garantir isonomia entre os sistemas público e privado. O presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Jean Lima, lembrou que a Constituição brasileira determina que os sistemas público, estatal e privado são complementares.

Jean Lima, que representou no seminário a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, reivindicou a distribuição dos canais da União pela internet e ressaltou a importância da comunicação pública.

“Entendemos como central a possibilidade de o telespectador assistir pelo aparelho de TV os canais da União pela internet, mesmo se não estiverem disponíveis na radiodifusão no município. TV Brasil, Canal Gov, TV Senado, TV Câmara, TV Justiça, Canal Saúde, Canal Educação são de inequívoco interesse social ao promover transparência sobre as ações do poder público”, afirmou.

Também para o presidente da comissão de Comunicação e Direito Digital do Senado, senador Eduardo Gomes (PL-TO), é fundamental assegurar espaço para as emissoras públicas de TV no novo modelo.

“O importante é que exista realmente na TV 3.0 a preocupação com a TV pública. Falei agora há pouco da TV Senado: somos a fonte de notícia mais importante para o setor, que é a sua regulação, então, é natural que estejamos ali inseridos para a segurança da informação pública brasileira”, disse.

Oportunidades
Conforme explicou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, no ano que vem o Brasil começa a implantar o novo sistema de televisão 3.0, que consiste basicamente na integração da TV aberta com a internet.

Nesse modelo, os conteúdos audiovisuais vão chegar aos telespectadores por meio de aplicativos. Além de contar com qualidade de imagem e som melhores, a TV 3.0 permite maior interatividade. Os espectadores poderão escolher os conteúdos e até as propagandas que querem ver.

Juscelino Filho destacou também que o sistema irá significar uma revolução na forma de fazer televisão, com a possibilidade novos modelos de negócios para as emissoras.

“Traz novas oportunidades, como a publicidade interativa, o comércio eletrônico integrado, oportunidades de patrocínios e parcerias e a possibilidade também de oferta de conteúdo exclusivo e conteúdo premium. Isso se faz ainda mais importante no momento em que a competição com as plataformas digitais é cada vez maior”, afirmou.

Apesar de a integração com a internet ser a principal característica do sistema a ser implantado no País, o ministro deixou claro que mesmo quem não tem acesso à rede poderá assistir televisão normalmente. Para isso, será necessário apenas ter aparelhos compatíveis com a nova tecnologia. Sem a rede de computadores, os telespectadores só não terão acesso aos recursos de interatividade.

Os participantes do seminário ressaltaram que o Brasil ainda é um dos países que mais assistem TV aberta no mundo. Segundo afirmaram, pesquisa recente do Instituto Kantar/Ibope aponta que o brasileiro assiste, em média, a mais de 5 horas de televisão por dia. Estima-se que 98% dos domicílios do País contem com pelo menos um aparelho de TV.

O seminário foi realizado no auditório do Ministério das Comunicações.

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