Cidades
Paciente da rede municipal de Saúde conta história de superação
Deibyane Gomes da Costa sofreu um acidente e perdeu o movimento do pé; hoje ela já consegue andar sem muletas
Imagine que você sofreu um acidente de motocicleta e teve o pé esquerdo completamente esmagado com perda de ligamentos, tornozelo quebrado e muitos machucados pelo corpo. Seu pé foi reconstruído depois de três cirurgias e aplicação de enxertos, ficou 68 dias hospitalizado na esperança de se recuperar, mas ia ter o membro apenas por estética. Apesar de ser difícil imaginar essa situação, ela aconteceu com a Deibyane Gomes da Costa, de 36 anos, e foi com esse diagnóstico que ela buscou ajuda na Unidade de Saúde da Família (USF) da ASR-SE 75 (712 Sul).
“Meu pé ia ser amputado. Graças a Deus conseguiram reconstruir, mas ainda sim foi muito difícil, eu chorava muito por não conseguir mexê-lo e por saber que não ia mais conseguir andar sem muletas, ia sempre depender de alguém”, comentou a paciente. Em janeiro deste ano ela iniciou as sessões de fisioterapia com a profissional Angélica Maia uma vez por semana. Além da restrição motora, uma das queixas de Deibyane eram as fortes dores no membro.
A fisioterapeuta explica que uma das coisas que mais altera no paciente motor é a sensibilidade. “Eu tive que ensinar tudo pra ela, a conseguir pegar no pé, a sentir, a andar, foi como se a gente tivesse mandado outras informações para o cérebro dela construindo um pé novo”, relatou Angélica. “A dor que ela sentia era da restrição do movimento que ela não fazia e nós conseguimos quebrar isso”, completou.
Após seis meses de tratamento contínuo, Deibyane aposentou as muletas e já consegue andar sem ajuda dos objetos. “Esse caso pra mim foi inusitado e eu não tinha esperanças. A primeira vez que ela começou a mexer a ponta dos dedos, a gente quase morreu de felicidade, foi muita força de vontade, persistência e determinação”, lembrou a fisioterapeuta.
A paciente disse que o estímulo e dedicação da fisioterapeuta foi que deu forças para que ela não desistisse. “Eu não tenho palavras para agradecer toda assistência que recebi aqui, nem eu tinha mais esperanças de andar e em pouco tempo já recebi alta. Ainda uso a bengala por me dar mais segurança, mas logo logo vou aposentar ela também”, afirma Deibyane.
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