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Materiais fósseis são repatriados ao Tocantins

Ao longo deste mês, peças serão alocadas na sede do Monaf, em Bielândia

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Três caminhões carregados trouxeram os fósseis vegetais de Brasília ao Tocantins - Foto: Rodrigo Sávio/Naturatins

 

Cerca de 50 toneladas de materiais fósseis retirados do Monumento Natural de Árvores Fossilizadas (Monaf) foram devolvidos à Unidade de Conservação (UC) gerida pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). O translado de Brasília, onde as peças estavam armazenadas no pátio da Associação Brasileira de Inteligência (Abin), a Bielândia, distrito de Filadélfia, na região norte, foi feito com apoio da Agência Nacional de Mineração (ANM). Na sede do Monaf, localizado no perímetro urbano do distrito, todo o material será alocado, ao longo deste mês, para a formação de um museu de história natural.

 

O material fóssil é protegido pela Constituição Federal (art. 216, V), em razão da relevância científica e cultural, não pode ser comercializado, conforme explica o supervisor do Monaf, Hermísio Aires, que avalia o retorno de peças às coleções de árvores fossilizadas do Estado como histórico para o Monaf e para a Paleontologia Brasileira, uma vez que esses fósseis seriam contrabandeados e, agora, retornaram ao lugar de origem. “Na década de 1990, foi coletado de forma indevida. E, agora, temos a alegria de estar recebendo esse material de grande importância para a Unidade de Conservação, para comunidade científica, e, também, para todos os visitantes que aqui poderão observar esse material na sede da Unidade”, destacou o supervisor.

 

O retorno dos fósseis vegetais ao Tocantins, outrora, destinados ao tráfico, foi possível por meio de Ação Civil Pública do Ministério Público Federal (MPF), e constitui importante elemento da história natural do Tocantins e região norte. “Instituições de ensino e pesquisa como a Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), que recebeu doações, agora tem a possibilidade de ampliar suas pesquisas que vão permitir trazer apontamentos fundamentais para entendermos aspectos evolutivos e temporais de nossa região”, pontuou Rodrigo Sávio, gerente das Unidades de Conservação.

 

Monaf

 

A sede do Monaf está situada em Bielândia, distrito de Filadélfia, região norte do Estado, a aproximadamente 438 km da Capital, e abrange uma área de 32.067 hectares de Cerrado. Sua zona de amortecimento engloba parte do município de Babaçulândia.

 

O Monaf tem este nome em função da existência de sítios paleontológicos e arqueológicos onde são encontrados os fósseis de árvores como pteridófitas, esfenófitas, coníferas e cicadácias. Tais fósseis constituem uma peça-chave do patrimônio científico mundial, tendo enorme importância para estudiosos que investigam florestas, o clima e a ecologia planetária do período Permiano.

 

Edição: Thâmara Cruvinel

 

Peças são protegidas pela Constituição e não podem ser comercializadas – Lidiane Moreira/Governo do Tocantins file_download

Gestor do Monaf, Hermísio Aires, o gerente de UC, Rodrigo Sávio, representaram o Naturatins durante recebimento do material fóssil – Lidiane Moreira/Governo do Tocantins file_download

Fósseis vegetais têm elevado valor arqueológico e paleontológico – Lidiane Moreira/Governo do Tocantins file_download
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