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Política

Medidas restritivas são prorrogadas até 23 de março em Palmas

Atividades não essenciais continuam suspensas por mais dez dias para desacelerar transmissão do vírus e reduzir a pressão sobre a rede de saúde da Capital

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A prefeita falou que Palmas já aplicou mais de 80% das 20.212 doses de vacinas contra a Covid-19A prefeita falou que Palmas já aplicou mais de 80% das 20.212 doses de vacinas contra a Covid-19 Fotógrafo: Edu Fortes Previous

Seguem em vigor até o dia 23 as medidas restritivas para atividades não essenciais no Município de Palmas, que se encerrariam na terça, 16. Desde o dia 6 de março, Palmas adota regras mais rígidas, mantendo autorizada a abertura somente de estabelecimentos essenciais, enquanto atividades e serviços não essenciais funcionam apenas na modalidade de entrega em domicílio (delivery). O decreto de prorrogação das medidas restritivas está disponível na edição nº 2.698 do Diário Oficial do Município (DOM). Para entender o que fecha e o que abre, clique aqui.

O objetivo é diminuir a circulação de pessoas na Capital e, por consequência, desacelerar, nas próximas semanas, o avanço de novos casos de Covid-19. Palmas enfrenta na pandemia do novo coronavírus seu pior momento, com sobrecarga dos atendimentos nas unidades de saúde, enquanto seguem altas as taxas de ocupação de leitos de estabilização nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e dos leitos hospitalares.

“Os boletins epidemiológicos diários e o monitoramento do Comitê de Operações Especiais (sic) têm tornado evidente o problema que enfrentamos. Só para exemplificar, o que girava em torno de cem atendimentos por dia nas nossas UPAs agora é quatro vezes maior. Sentimos, felizmente, nos primeiros dias de vigência do decreto, uma redução de 18% na diferença do que prevíamos de novos casos e o número real de casos que registramos, mas ainda estamos em uma margem que não nos permite ceder para a doença. Palmas está vivendo um momento crítico, com taxa de ocupação de leitos para Covid-19 de 88%, considerando tanto rede pública como privada”, explicou a prefeita Cinthia Ribeiro, em entrevista ao telejornal Bom Dia Tocantins, da TV Anhanguera, na manhã desta quarta-feira, 17.

Sobrecarga

A alta ocupação de leitos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e nos hospitais públicos e privados indica a grande demanda por atendimento de casos graves. E mesmo as unidades básicas da Capital, com atendimentos eletivos (agendados), têm registrado elevada procura.

“A pandemia tem potencializado procura por nossos serviços, inclusive, por moradores de outros municípios. Neste fim de semana, registramos 17 pacientes de outras cidades nas nossas UPAs. Eram pacientes de Filadélfia, Novo Acordo, Paraíso do Tocantins, Guaraí, Santa Tereza do Tocantins e é nosso dever acolher. Por isso, precisávamos de nossos serviços equipados”, explica a gestora.

Cinthia faz referência a investimentos feitos na ampliação de quadro de pessoal, aquisição de testes, medicamentos e outros insumos e, especialmente, na ampliação de leitos exclusivos para Covid-19 nas UPAs e em unidades privadas credenciadas pelo Município. Segundo a prefeita, ainda nesta semana serão concluídas as adaptações necessárias para tornar a UPA Sul uma unidade exclusiva para atendimentos de Covid-19, assim como o modelo de atendimento já adotado na UPA Norte.

Município organizado

Para enfrentar a pandemia, Palmas ampliou a oferta de testes rápidos para identificação de novos casos; reorganizou sua rede de atendimento, ampliou de duas para oito unidades sentinelas para atendimentos exclusivos de pacientes com sintomas respiratórios; equipou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e as duas UPAs com 66 respiradores para estabilização de pacientes; adotou como rotina a fiscalização do cumprimento de medidas para desestimular aglomerações no sistema de transporte, em espaços públicos e estabelecimentos comerciais.

Paralelamente, o Município tem atuado na busca por soluções para ampliar a oferta de vacinas contra a Covid-19, por meio da adesão ao Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar), liderado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP). A adesão de Palmas foi ratificada pela Câmara de Vereadores na semana passada.

“O consórcio vai ser consolidado já no próximo dia 22 de março. Nossa adesão, autorizada por votação unânime na Câmara Municipal, vai nos permitir participar de negociações com outros municípios brasileiros para compra em larga escala e com preço mais justo de insumos e de vacinas, no caso de falha do Plano Nacional de Imunização (PNI). Acreditamos que este será um passo importante para conseguirmos implementar um enfrentamento efetivo contra o coronavírus”, afirmou.

Até esta terça-feira, 16, Palmas já aplicou mais de 80% das 20.212 doses de vacinas contra a Covid-19 encaminhadas pelo Ministério da Saúde e já se organiza para a partir de quinta-feira, 18, ampliar a vacinação para idosos de 78 e 79 anos. Além disso, testes rápidos estão sendo oferecidos à população até sexta-feira, 19, por livre demanda, em pontos estratégicos da cidade, com apoio do Exército Brasileiro.

Como reduzir casos

Sobre o momento que Palmas enfrenta, a gestora fez um apelo. “Nós nos solidarizamos com as famílias das 310 vítimas desta doença na nossa cidade, e é para evitar mais vítimas que reforçamos nosso pedido. Não é o momento para aglomerar, não temos nada para celebrar. Teremos a partir de agora o apoio da inteligência da Segurança Pública do Estado para tornar mais efetiva a fiscalização. Mas o que vai tornar efetivas as decisões que tomamos agora é nos isolando. Só conseguiremos visualizar o reflexo desse esforço atual nos próximos 7 a 14 dias. Não aderir ao isolamento social pode tornar tudo o que programamos para o Município em vão.”

 

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