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Umidade relativa do ar baixou mais cedo no Tocantins neste ano, alerta Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos

Noites frias e dias quentes com forte contraste produzido pelo fenômeno conhecido como perda radiativa; umidade já chegou a 20%

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Professor José Luiz Cabral explica sobre as mudanças climáticas do período

Os tocantinenses, sobretudo os que moram ao sul do Estado, devem ter notado a queda acentuada da temperatura nas madrugadas. Santa Rosa do Tocantins registrou a mínima de 14,8° C na madrugada dessa quinta-feira, 16. Durante o dia, a temperatura se mantém alta provocando um forte contraste, com noites frias e dias quentes. Um fenômeno físico previsível que todo ano se repete, mas que traz preocupação.

O meteorologista do Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos (Nemet/RH) da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), José Luiz Cabral, ressalta que, nesta época do ano, as temperaturas mínimas tendem a cair em função da ausência de nebulosidade. José Luiz Cabral comenta que as noites não têm tido nuvens e essa ausência provoca perda radiativa. “É que, durante o dia, os raios solares aquecem a superfície da terra, o solo e a atmosfera, mas, durante a noite, o sol vai embora, como não tem nuvens nós perdemos todo este aquecimento para a atmosfera”, explica o meteorologista, que também é professor.

José Luiz Cabral destaca ainda que outra característica desse ar quente e seco, além de baixar as temperaturas mínimas com a ausência nebulosidade, está nos baixos índices de umidade relativa do ar. De acordo com dados do Nemet/RH, o Tocantins já registrou índice de umidade relativa do ar em torno de 20%. Para ele, é o início de um período muito crítico e o que preocupa é que chegou mais cedo que os outros anos. “Nós temos presenciado esses índices, em torno de 20%, nos meses de agosto e setembro, mas, neste ano, na primeira quinzena de julho, já temos umidade relativa do ar baixa. É a sinalização de que a massa de ar está quente, seca e que funciona como um bloqueio atmosférico”, ressalta o meteorologista.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um nível considerado aceitável de umidade do ar deve estar acima dos 30%. Níveis baixos podem provocar desconforto e favorecer o aparecimento de doenças do sistema respiratório.

O meteorologista avalia que este período de baixas na temperatura e umidade do ar devem se estender até setembro. Veja aqui mais dados relacionados à previsão do tempo no Tocantins.

 

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