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Cidades

“Ser mulher vai muito além da aparência, de ter cabelo curto ou longo”, conta araguainense que venceu o câncer

Aos 35 anos, a servidora pública de Araguaína Priscila Oliveira venceu o câncer de mama após 12 meses de tratamento e relembra os preconceitos vivenciados.

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Servidora pública e influenciadora digital, Priscila Oliveira, de 35 anos. Foto: Arquivo pessoal.

 

Por: Giovanna Hermice | Secom Prefeitura de Araguaína
01/03/2022 – Publicado às 06:08

 

Na terceira reportagem da série Mulheres em Foco, em homenagem ao Dia da Mulher, comemorado em 8 de março, a Prefeitura de Araguaína traz a história de superação de Priscila Oliveira, de 35 anos, graduada em Direito, servidora pública e influenciadora digital. Na rede social, mais de 46 mil seguidores acompanharam sua luta contra o câncer e os preconceitos vividos durante o tratamento.

“Um dia eu fui ao banco e um homem me viu e perguntou o porquê eu havia feito isso com o meu cabelo, que eu era muito bonita para usar o cabelo assim, eu respondi que estava lutando contra o câncer, mas se eu quisesse cortar qual era o problema? Ele ficou sem graça”, contou Priscila.

 

Além de um estereótipo

 

A servidora descobriu um nódulo evoluído na mama em fevereiro de 2021 e desde então compartilha toda sua rotina, suas reflexões sobre a vida e a fé em Deus. Priscila precisou alterar toda sua rotina, saiu de Araguaína e mudou-se para Cristalina (GO), para ficar perto da mãe e do hospital onde recebeu o tratamento. Nesses últimos 12 meses, passou por 16 sessões de quimioterapia, 25 sessões de radioterapia, cirurgia para retirar totalmente a mama e devido as quedas de cabelo raspou a cabeça.

 

“Eu pensei que com a queda de cabelo, cílios e sobrancelha eu fosse me sentir menos mulher, mas me senti mais mulher e com mais força para lutar”.

 

Ao longo dessa caminhada vivenciou preconceitos tanto na internet como presencialmente e relembra um caso. As mudanças no visual e os comentários negativos vivenciados nessa luta contra o câncer não tiveram impactos na sua autoestima, pelo contrário serviu como um combustível. “Eu pensei que com a queda de cabelo, cílios e sobrancelha eu fosse me sentir menos mulher, mas me senti mais mulher e com mais força para lutar”.

 

“Ser mulher vai muito além da aparência, de ter um cabelo curto ou longo, ter peito ou não ter. Para mim, está na essência, é um conjunto de qualidades, como a criatividade, a intuição feminina, a delicadeza, sensibilidade, amorosidade e ternura, isso para mim é ser mulher! ”,  relata Priscila.

 

Para ela, a feminilidade não está em um estereótipo social e sim nas atitudes. “Ser mulher vai muito além da aparência, de ter um cabelo curto ou longo, ter peito ou não ter. Para mim, está na essência, é um conjunto de qualidades, como a criatividade, a intuição feminina, a delicadeza, sensibilidade, amorosidade e ternura, isso para mim é ser mulher! ”, finalizou Priscila.

 

Ela venceu

 

No último dia 18, no Hospital de Amor, em Barretos (SP), onde realizou a radioterapia, um momento muito esperado, foi registrado e publicado nas redes sociais. Na presença da sua família, que filmava e cantava sua canção preferida “Pra Te Louvar”, Priscila relembra a sensação ao tocar o sino para anunciar a cura do câncer.

“Esse foi o dia mais incrível e feliz da minha vida, principalmente por ter a minha família junto comigo, pessoas que me ajudaram do início ao fim, eu queria que todos estivem presentes, especialmente meus amigos de Araguaína, de Cristalina e todos que abraçaram a causa. Eu não venci sozinha, essa vitória é nossa!”, finalizou.

 

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