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Governo do Tocantins apresenta Cartas Climáticas que vão auxiliar a gestão ambiental no Estado

Levantamento aponta tendências climáticas com base nos registros das últimas três décadas e vão servir para gestão de ações ambientais

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Mapas do levantamento ilustram a redução do período chuvoso

Uma equipe do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) acompanhou na sexta-feira, 20, a videoconferência de apresentação das Cartas Climáticas do Estado, realizada pelo Governo do Tocantins. Durante o encontro virtual, foram destacados dados de três décadas de levantamento, que apontam tendências climáticas, aspectos dos volumes hídricos e estimativas da temperatura no território tocantinense, em cada período do ano. As informações são consideradas importantes referenciais, que podem auxiliar o planejamento de programas e ações na gestão ambiental do Estado.

“As informações climáticas são indicativos na previsão de resultados para diversas áreas. Na gestão de atividades e ações ambientais, pode auxiliar no planejamento programas, ações, operações preventivas, análises de processos e diversas decisões tomadas pela gestão e pelas equipes em suas respectivas áreas. O Governo do Tocantins adota, de maneira assertiva, os recursos tecnológicos que, hoje, estão à disposição da sociedade e o Naturatins acompanha os avanços do Estado”, pondera Sebastião Albuquerque, presidente do Naturatins.

“Os dados apresentados nas Cartas Climáticas reúnem um histórico do comportamento hídrico e da temperatura, que se reflete nos biomas de cada região do Estado, conforme o período do ano. Esse levantamento traz aspectos importantes que requer atenção na gestão da proteção e qualidade ambiental do Estado e no desempenho de todos os setores vinculados à questão ambiental”, reiterou Eliandro Gualberto, diretor de Proteção e Qualidade Ambiental do Instituto.

“As Cartas Climáticas mostram as regiões com maior volume de precipitação e trazem estimativas do aumento da temperatura para o futuro, que indica a necessidade de manter o controle do desmatamento, além de ações que possam gerar ganhos ambientais e evitar impactos que potencializam a possibilidade de prejuízos a várias áreas. O produto apresentado é importante para o monitoramento ambiental e as demais etapas de gestão dos recursos naturais”, avalia Renato Pires, gerente de Monitoramento e Gestão de Informação Ambiental.

Também acompanharam o lançamento das Cartas Climáticas, o gerente de Inspeção Ambiental, Eder Soares; a arquiteta da Assessoria de Planejamento, Verônica Amaral; e o inspetor de Recursos Naturais do Instituto, Aldaires Pacheco. A transmissão do lançamento está disponível no canal do Governo do Tocantins e, para assistir, basta clicar no link https://youtu.be/ms9R7zBKIaU.

Lançamento

O secretário-Executivo de Planejamento e Orçamento, Sergislei Silva de Moura, realiza a abertura do evento destacando que as Cartas Climáticas são um documento sistematizado, que traz os principais elementos do clima, importantes para o planejamento de ações e gestão do território tocantinense, proteção das pessoas, meio ambiente e setores produtivos, bem como para o norteamento de políticas públicas e investimentos no Estado.

A apresentação mediada pelo técnico da Secretaria de Estado da Fazenda e Planejamento, Rodrigo Sabino, destaca que, no documento, constam diagnósticos dos principais padrões climáticos, distribuição e intensidade de chuvas no Estado, variações da temperatura nas estações, e informações climáticas essenciais ao desenvolvimento econômico e uma série de atividades.

A consultora do Consórcio, Dionara de Nardin, geógrafa e mestre em Análise Ambiental faz um resumo das etapas da apresentação, enumerando os pontos de abordagem, como a composição do projeto, objeto, financiamento, forma de contratação, principais números, metodologia e resultados verificados no Tocantins, com a apresentação detalhada de Palmas.

Em seguida, Débora Simoes, meteorologista, engenheira Hídrica e doutora em Sensoriamento Remoto, apresenta resultados diagnosticados, após um breve panorama da circulação atmosférica e características climáticas que predominam sobre o Tocantins. E, aponta o sentido das incidências das massas de ar quente e frio que circulam e impactam a atmosfera.

Débora Simões mostra dados da variabilidade climática; aponta anomalias e fenômenos que influenciam a temperatura global. Também esclarece como esses eventos se refletem ou podem ser percebidos a cada período do ano. Nos resultados, aponta tendências de impactos no rendimento da produção de grãos e a previsão de elevação da temperatura global, caso ações de mitigação do efeito estufa não sejam colocadas em prática.

Os mapas do levantamento ilustram a redução do período chuvoso nas regiões noroeste, central e norte do Estado e o aumento nas regiões sudeste e sul. Contudo, a variação pluviométrica se mostra favorável à maior acumulação de volume e precipitações na região norte e menor na região sul, no período de estiagem. Para a engenheira, os eventos naturais podem impactar a produção agrícola, o desempenho de obras e o abastecimento urbano.

Patrícia Cruz, doutora em Meteorologia Agrícola, concentra sua explanação nos dados agrometeorológicos, com alguns exemplos. Já o diretor de Negócios da Codex Remote, Venícios Santos, pontua o volume de valor agregado e conhecimento na base de dados, além da adoção de diversas tecnologias para a obtenção do produto, o que torna importante manter disponível o acesso para o público, instituições bancárias, investidores, empreendedores e corpo técnico do Estado. Então Rodrigo Sabino assegura que todo o material será disponibilizado pelo Governo do Tocantins, para o aproveitamento de todos.

Cartas Climáticas do Tocantins

As Cartas Climáticas são um produto desenvolvido no âmbito do Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado Sustentável (PDRIS), realizado no Estado, com apoio do Banco Mundial e serviços executados por meio de um consórcio formado pela Codex Remote, Gitec Brasil, Gitec IGIP (Consult GMBH). A elaboração foi conduzida pela Secretaria de Estado da Fazenda e Planejamento, por meio da Superintendência de Planejamento Governamental, com o trabalho da equipe da Gerência de Zoneamento Territorial.

O escopo do Termo de Referência do produto reuniu técnicos da Secretaria de Estado da Fazenda e Planejamento (Sefaz), do Núcleo de Meteorologia e Recursos Hídricos da Universidade Estadual do Tocantins (NMRH-Unitins), da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).

 

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