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Cidades

Dia da Avicultura: política de incentivos fiscais do Governo do Tocantins fortalece e traz expectativas de crescimento ao setor

Em 2019, foram abatidos no Tocantins 14,7 milhões de frangos; perspectiva é dobrar este número nos próximos anos

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Avicultor Henrique Rodrigues de Souza viu na atividade uma nova alternativa de geração de renda

Responsável por boa parte da proteína diária no prato dos tocantinenses e rentável para a economia, a avicultura é uma das cadeias que vêm crescendo e se fortalecendo no Tocantins, ao trazer boas perspectivas para o setor produtivo, apesar da pandemia do novo Coronavírus.

Segundo dados do Ministério da Agricultura, foram abatidos, no Tocantins, em 2019, 14,7 milhões de frango. A perspectiva do setor é superar o ano passado, devido ao aumento do consumo da carne branca, em razão da diminuição da oferta da carne bovina no mercado interno, em decorrência da destinação da mesma para o mercado externo, além do câmbio favorável para exportação.

O Governo do Tocantins vem trabalhando para dobrar esse número, nos próximos anos, com mais apoio e incentivo fiscal aos elos de toda a cadeia, desde a produção, que alcança o fornecimento de energia, a criação dos pintinhos, os integradores, até a industrialização do produto, que torna o Tocantins um dos mais competitivos para a atividade.

Nesta sexta-feira, 28, é comemorado o Dia da Avicultura; e o avicultor tem papel importante na produção da matéria-prima responsável por movimentar este setor. O avicultor Henrique Rodrigues de Souza viu na atividade uma nova alternativa de geração de renda. Henrique Souza cuida de um aviário com 55 mil frangos, no entorno de Paraíso do Tocantins, e ressalta estar muito feliz com a atividade. “A gente que está lidando dia a dia com esta atividade enxerga as inúmeras oportunidades oferecidas”, informa.

O avicultor é um dos integrados da empresa Agro Lucinho que, há pouco mais de um ano, apostou na atividade e está reativando os aviários de Porto Nacional e Paraíso. Trabalhando no sistema de integração entre empresas e pequenos produtores, a Agro Lucinho comercializa entre 300 a 500 mil aves vivas, por mês, que são vendidas para nove estados diferentes.

O proprietário da Agro Lucinho, Lúcio Filho, também implantou uma fábrica de ração em Paraíso, que está apta a exportar para a África do Sul. O empresário recentemente adquiriu 11 caminhões, construiu novos galpões e pretende expandir ainda mais com a implantação do abatedouro, também em Paraíso do Tocantins, com capacidade para 100 mil aves por dia.

“Nós que trabalhamos diretamente nesta cadeia produtiva percebemos o grande potencial de crescimento deste setor no estado do Tocantins. Com apenas um ano de operação, já estamos com todo nosso processo verticalizado, com fábrica de ração, frota própria, armazenagem e sistema de integração e a gente pretende triplicar estes números em pouco tempo, já que a demanda por carne de frango é alta”, comemora o empresário.

Indústria de frango

A produção de frango no Estado é feita de forma integrada, sendo que, ao produtor, cabe os custos da construção do aviário, mão de obra e equipamentos. Já a integradora é responsável pelo fornecimento de pintos, ração, medicamentos, transporte de aves ao abatedouro e assistência técnica. “Este modelo acaba envolvendo o pequeno agricultor que se fixa na propriedade rural, geralmente em espaços pequenos”, explica o gerente de Pecuária da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura do Tocantins (Seagro), Thyago Túlio.

O Tocantins conta com uma importante integradora avícola, a Frango Americano (Santa izabel Alimentos), uma das maiores empresas do ramo de avicultura no Brasil. A empresa tem atividades nos estados do Piauí, Pará e Maranhão e, no Tocantins, atua nos municípios de Aguiarnópolis, Araguaína, Babaçulândia e Tocantinópolis, gerando 1,5 mil empregos diretos e mais de 4 mil indiretos.

A Frango Americano aloja 1 milhão de frangos por semana, metade desta produção é comercializada viva para outros estados e a outra metade é abatida na própria indústria frigorífica instalada em Aguiarnópolis. Deste montante, 70% atende a produção interna e 30% é exportada para países como Japão, China, Vietnã e Mianmar, também na Ásia.

Acreditando no potencial da atividade, a Frango Americano está concluindo uma fábrica de ração em Paraíso do Tocantins com capacidade para produzir em torno de 10 mil toneladas por mês para atender os aviários já existentes na região. A empresa é beneficiada com incentivos fiscais por meio do programa Complexo Agroindustrial (Lei n° 1695/2006), nas modalidades Expansão e Implantação.

Segundo o diretor industrial da empresa, Samuel Vargas Silveira Neto, apesar de registrar baixa nas vendas no início do ano em virtude da pandemia, o consumo de frango vem crescendo e a empresa deve fechar 2020 com um aumento de 15% no número de aves abatidas. “Hoje, a proteína mais barata no prato do brasileiro é a do frango”, destaca.

Posição

Atualmente, o Tocantins figura como a 15ª maior plantel de frangos e grande parte da produção concentra-se nas regiões central e norte, segundo aponta o Plano Estratégico para as Cadeias Produtivas do Agronegócio no Estado do Tocantins/2018-2027, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), com recursos do Governo do Tocantins, via Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE).

O estudo aponta que, a partir de 2013, a produção tocantinense passou a apresentar um ritmo de crescimento mais elevado que a média do País. No período entre 2013 e 2016, o plantel de frangos do Estado saltou de 3.905.145 para 13.608.094, o que representa um crescimento de 248%, o que demostra que essa atividade produtiva é muito promissora no Estado.

Oportunidades de Investimento

O secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Tom Lyra, destaca que o Tocantins conta com as condições ideais para o desenvolvimento da avicultura, com posição estratégica, logística ideal para a distribuição favorecida pelos modais rodoviário, ferroviário e aeroviário, terras férteis para produção de grãos, período chuvoso bem definido e água em abundância.

“Hoje, o crescimento desta cadeia e a reestruturação dela por parte do governador Mauro Carlesse têm sido um divisor de águas para a nossa economia. Era uma cadeia que estava sendo prejudicada por algumas inconsistências de negócios, mas que agora retoma de novo com saldo de crescimento alto. Então, vejo com muito bons olhos este segmento que pode atrair outros como a suinocultura. Com a produção de milho se consolidando com o trabalho da Secretaria da Agricultura, acredito que seremos, em um curto prazo de tempo, um dos estados mais produtores da avicultura brasileira”, afirma Tom Lyra.

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