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Cidades

Mulheres do Tocantins: Ceiça Gama, 35 anos dedicados ao serviço público portuense

A servidora pública, Ceiça Gama, está entre as centenas de ‘Mulheres do Tocantins’ que marcam a história do Estado com importantes contribuições sociais, culturais, profissionais e na política.

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Por Romilton Pereira
Jornalista DRT 757 MTE-TO

 

Ética, humildade, caráter público e exemplo para gerações que passam pelo Poder Legislativo de Porto Nacional, são algumas das palavras usadas neste texto, para relatar o início do ingresso no serviço público em 1987, e o decorrer da trajetória de Ceiça Gama, Secretária Geral e Legislativa da Casa de Leis Portuense. Servidora que se mantém durante três décadas e meia nos ofícios do parlamento municipal.

Para Ceiça Gama, os intempéries que acompanham as atividades, não podem fragilizar e desestabilizar o atendimento do serviço público. Em sua análise, a Secretária relata que suas atribuições e responsabilidades sempre foram regidas pela ética e humildade. Exercendo a prática de  suas funções no interesse coletivo, sendo impessoal no bem das ocupações que lhe são patentes.

 

Setor público

 

‘Ceiçinha’, como é conhecida, fala como surgiu a oportunidade de ingressar no serviço público. “Eu tive a oportunidade de me tornar uma servidora pública. Na época meu Tio era vereador e presidente da Câmara, e surgiu essa vaga. Eu sempre trabalhava em lanchonete, sorveteria, não tinha nenhuma experiência em órgãos públicos”, explica.

De acordo com o relato, a avaliação oferecida pelo seu Tio, vereador José Gonçalves Gama de Araújo, presidente da Câmara Municipal de Porto Nacional em 1987, ocasionou sua admissão no setor público. “Ele me deu a oportunidade de uma semana, para que eu mostrasse meu serviço. Eu consegui o emprego”, conta. Iniciando com 19 anos, em dezembro do mesmo ano. Ceiça é mãe de dois filhos e cinco netos.

 

35 anos de serviços

 

“Aqui é um trabalho contínuo, a cada dia você aprende mais um pouco. Era o tempo da datilografia, não tinha computadores, porém, eu tinha um curso de datilografia, sempre fui esforçada, eu tinha também o Magistério concluído”, disse.

“Com 1 ano, aprendi tudo que eu sei. Quando entrei fui direto para o Plenário e fui Secretária Legislativa. Com uma semana, eu já estava no plenário, mexendo com a Ata, fazendo requerimentos e projetos. Hoje eu voltei a estudar, estou terminando gestão pública”, pontua. No dia 01 de dezembro deste ano, 2021, Ceiça completará 35 anos de serviços na Câmara Municipal de Porto Nacional.

 

Homenagem ao Tio

 

“Eu fiz uma homenagem, colocando o nome dele no Plenário da Câmara Municipal, por tudo que me proporcionou e pela pessoa que sou hoje. O projeto de Lei foi apresentado em 2015 e, no ano passado, 2020, foi concluído a obra no Plenário, por ocasião da reforma, uma homenagem muito justa”, avalia a servidora. Além de seu Tio, Ceiça cita vários nomes que a apoiaram em sua vida pública, entre eles, o do Ex-Senador da República, Vicentinho Alves e do Deputado Antônio Andrade, presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins.

 

Aposentadoria e constrangimentos

 

Questionada sobre sua aposentadoria, ponderou: “Jamais quero aposentar, quero continuar trabalhando”.

A respeito de constrangimentos explicou. “Com certeza, jamais deixarei de trabalhar por certos constrangimentos, é a vida. Passa 10 minutos você já esqueceu o que passou, a melhor coisa da vida é você esquecer o que passou de ruim e dar valor ao que vem de bom. Porque o ruim vem, para você aprender o que é bom. Hoje estou super satisfeita, realizada, tranquila, eu já sofri muito. Uns amam você, outros já não gostam”, desabafa e continua. “A humildade é tudo, são palavras chaves, é Deus e a humildade na vida do ser humano”, assegura.

 

Ensinou dezenas de pessoas

 

“Em números não sei, foram 34 anos, foram muitos, aqui mudava constantemente os funcionários. Depois do concurso em 2010, quietou. Tivemos o concurso da Câmara, não precisei fazer, pois eu já estava há mais de 20 anos trabalhando”, explicou.

 

Serviço público

 

“O nome já fala, é um servidor público, então tem que ter ética, humildade, tem que tratar bem os outros. Não tem coisa pior que você chegar em um órgão público e ser maltratado. Às vezes zangam, irritam comigo, porque eu falo muito isso, ética!”, aconselha sobre o caráter público de um servidor.

“Resumindo o que é a minha vida. A caminhada foi longa, mas a minha ética, o meu interesse e compromisso, me fez chegar onde estou. Quero sair daqui do jeito que entrei, com minha cabeça erguida”, finaliza.

 

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