Política
TRE-TO garante a indígenas Xerente oportunidade de votar em seu próprio território neste ano
Já nas eleições de 2024 os indígenas passarão a contar com novo local de votação
Os indígenas Xerente moradores da aldeia Brupé, já nas eleições municipais deste ano, passam a ter um novo local de votação. Por isso, o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), por meio da 5ª Zona Eleitoral, com o objetivo de facilitar a transferência do domicílio eleitoral, realiza nos dias dias 3 e 4 o atendimento itinerante nas aldeias Brupé e Porteira, ambas da etnia Xerente.
A nova seção eleitoral, localizada na Escola Estadual Indígena Krasapte, no município de Tocantínia, receberá duas urnas eletrônicas com a capacidade de atender mais de 250 eleitores. O chefe do Cartório da 5ª ZE, André Kim, ressaltou que a mobilização para a transferência dos eleitores indígenas no itinerante, visa proporcionar uma distribuição equilibrada dos eleitores, atendendo aos indígenas com maior dificuldade de acesso às zonas já existentes, evitando a superlotação e assegurando o desenvolvimento regular do processo eleitoral.
“A 5ª Zona Eleitoral criou esse novo local de votação ainda no ano passado, para resolver a questão de deslocamento que os indígenas precisavam fazer até Tocantínia para votar. São 17 aldeias que terão seus eleitores redirecionados para votarem na aldeia Brupé, facilitando a acessibilidade, o deslocamento e, com isso, aumentando a oportunidade de participação e inclusão dos indígenas no processo eleitoral, no exercício da sua cidadania”.
Já a professora de língua indígena Flaviana Pirkodi Xerente, de 22 anos, moradora da aldeia Traíra Brupkarêda, já votou em outras eleições, mas conta que essa, de 2024, será diferente. “Estou muito feliz, porque antes a gente tinha que ir votar em Tocantínia, mas agora vou poder votar na aldeia Brupé. Isso é muito bom, porque é mais perto e facilita muito prá nós”, afirmou Flaviana Xerente.
Atendimentos eleitorais
Ainda durante os atendimentos estão sendo oferecidos serviços eleitorais, como a emissão do primeiro título, regularização da situação eleitoral e transferência do local de votação, além da revisão e atualização dos dados cadastrais e coleta da biometria.
O jovem indígena Marciel Hesukamenkwa Silva Xerente, da aldeia Lajeado, tem 19 anos e procurou a ação itinerante para obter seu primeiro título de eleitor. “É meu primeiro título e a gente fica até meio emocionado porque vai poder votar. É importante o jovem votar, saber escolher e ver, se no futuro, os políticos vão fazer as coisas direito”, ressaltou.