Cidades
Saúde de Palmas realiza encontro sobre violência autoprovocada
Proposta é discutir vivências para melhorar o acolhimento, atendimento e tratamento aos usuários
A Secretaria Municipal da Saúde (Semus) realizou nesta semana um encontro com assistentes sociais para discutir as situações de violência autoprovocada, caracterizada pelas autoagressões e tentativas de suicídio, em suas diversas formas.
Segundo a coordenadora técnica da Área de Causas Externas da Semus, Lorenna Martins, periodicamente são feitas reuniões para avaliar os cenários e as estratégias para melhorar o atendimento e a qualidade de vida dos usuários assistidos pela rede.
“Neste último encontro, nossa motivação maior foi o aumento do número de casos de violência autoprovocada”, ressaltou Lorenna, ao informar que dados do primeiro quadrimestre deste ano registraram 154 notificações contra 74 no mesmo período do ano passado.
De acordo com a psicóloga da área técnica de Causas Externas da Semus, Virginia Fragoso, que conduziu o encontro com os assistentes sociais, a reunião possibilitou a partilha de vivências, indicando fragilidades e potencialidades do atendimento ofertado no âmbito da atenção primária, de modo a melhorar a assistência a esses pacientes. Virgínia ainda ressaltou a importância de manter o diálogo e fomentar a troca de experiências entre os profissionais.
A psicóloga explica que notificar um caso de violência autoprovocada envolve um conjunto de ações e condutas profissionais que devem ser pautadas pela ética e pelo acolhimento e cuidado com o paciente. “Essa notificação leva a identificação e busca do caso, de modo que o paciente seja conduzido ao tratamento adequado”.
Violências
O Ministério da Saúde (MS) define casos de violência, para fins de notificação, aqueles suspeitos ou confirmados de violência doméstica/intrafamiliar, sexual, autoprovocada, tráfico de pessoas, trabalho escravo, trabalho infantil, tortura, intervenção legal e violências homofóbicas contra mulheres e homens em todas as idades.