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Polícia

Reeducandas conquistam novas oportunidades profissionais através de cursos de capacitação

Cursos são ofertados em quatro unidades prisionais femininas do Tocantins e têm objetivo de capacitar reeducandas para mercado de trabalho.

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A Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio do Sistema Penitenciário e Prisional (Sispen/TO), promove a ressocialização de pessoas privadas de liberdade utilizando ferramentas como a qualificação profissional. Dessa forma, as Unidades Prisionais Femininas (UPFs) do Estado oportunizam cursos profissionalizantes com intuito de capacitar reeducandas para o mercado de trabalho e ampliar as chances de reinserção social.

Para a promover as capacitações, a Seciju conta com apoio da Secretaria de Educação, Juventude e Esportes (Seduc), que oferta cursos por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) voltado para o público prisional. Nas unidades de Lajeado, Pedro Afonso e Babaçulândia, a qualificação está voltada para o setor de beleza, através do curso de maquiagem. Já em Palmas, o curso foi realizado na área de empreendedorismo, com a capacitação em Agente de Desenvolvimento e Cooperativismo.

O gerente de Reintegração Social, Trabalho e Renda ao Preso e Egresso, Leandro Bezerra, explica que a escolhas das unidades para realização dos cursos é feita de acordo com a manifestação de interesse dos gestores das mesmas. “Quando recebemos a relação de cursos disponíveis para oferta encaminhamos para os chefes de unidades, questionando sobre o interesse em realizá-los. Entre as unidades que se manifestam, nós escolhemos as que possuem maior possibilidade para execução”, esclareceu.

Maquiagem

Duas reeducandas de Lajeado estão sendo qualificadas para o mercado de trabalho por meio do curso profissionalizante de maquiagem.  O curso, com carga horária de 160 horas, tem previsão de encerramento até o dia 26 deste mês, proporcionando para as alunas uma nova oportunidade de inserção na sociedade.

De acordo com a professora, Carla Patrícia de Brito, as reeducandos receberam kits de maquiagem para serem utilizados no decorrer da capacitação. “No início do curso, as alunas receberam kits para a utilização nas aulas e orientações acerca das técnicas utilizadas na produção de maquiagem, além de praticarem o conteúdo ensinado. No decorrer da capacitação, as reeducandas tiveram um bom desenvolvimento e demonstraram cada vez mais interesse em aprender”, contou.

Na UPF de Pedro Afonso, três reeducandas se formaram no curso na quarta-feira, 17, que teve carga horária de 160 horas e foi desenvolvido com intuito de proporcionar qualificação das reeducandas para atuação em salões de beleza ou ainda na realização do próprio negócio possibilitando a geração de renda.

“O objetivo do curso foi proporcionar uma nova possibilidade profissional para as reeducandas, assim, elas poderão atuar na área quando forem reinseridas na sociedade, além disso, a qualificação possibilita remição de pena através do estudo, assim como prevê a Lei de Execução Penal”, explicou o chefe de segurança da UPF de Pedro Afonso, Acelides Batista.

Já em Babaçulândia, a formatura aconteceu na terça-feira, 16, com a capacitação de três mulheres, que poderão atuar como maquiadoras e encontraram no curso uma nova oportunidade de trabalho. Na unidade, o curso teve carga horária de 180 horas, dividido entre aulas teóricas e práticas.

Agente de Desenvolvimento e Cooperativismo  

Em Palmas, cinco reeducandas da Unidade Prisional Feminina participaram da capacitação em Agente de Desenvolvimento e Cooperativismo o encerramento das aulas foi realizado no dia 30 de junho. O curso, com carga horária de 160 horas, teve objetivo capacitar mulheres na área do empreendedorismo, no decorrer das aulas, as alunas foram preparadas para a atuação em cooperativas, desde a organização de assembleias até no processo de divulgação do cooperativismo.

A professora, Gildene Soares, relata que ao longo do curso as reeducandas receberam informações acerca da história do cooperativismo, através de materiais dinâmicos. “A capacitação ocorreu através de materiais impressos, vídeos e palestras, tratando sobre a atuação no cooperativismo e sua história ao longo dos anos. Foi possível perceber o desenvolvimento das alunas no decorrer das aulas, demonstrando cada vez mais interesse, inclusive, elas sugeriram que a capacitação fosse realizada com maior duração de tempo”, afirmou.

A reeducanda, A.M.A.A.S, de 54 anos, conta que o curso proporcionou novas oportunidades para o mercado de trabalho. “Espero atuar na área do cooperativismo e fazer grandes negócios, o curso trouxe propostas interessantes para o mercado financeiro e depoimentos em vídeo dos cooperadores, isso despertou meu interesse em ir atrás dos meus sonhos”, relatou.

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