Pessoas em situação de rua recebem atendimento de saúde e assistência social em Araguaína

“Isso é só aqui, em outras cidades você sendo pobre será jogado. Araguaína é uma mãe para os andarilhos”, afirmou Alessandro da Silva, 33 anos, que é natural de Rialma, no Goiás. O homem foi um dos atendidos no D de ações para pessoas em situação de rua, realizado pela Prefeitura de Araguaína, nesta manhã de terça-feira, 30, na Praça das Bandeiras, com diversos atendimentos de saúde e de assistência social.

Alessandro disse não ter pais e que viaja pelas cidades do Norte e Nordeste desde seus 16 anos. “Eu estou aqui há um mês. Me mandaram para cá para fazer tratamento no HDT (Hospital de Doenças Tropicais) e vou ficar até terminar. Vão ser 9 meses”.

Na verdade, a diretora de Proteção Social Especial da Assistência Social, Jocélia Alves da Silva, explica que as histórias são de difícil acesso e nem sempre relatam fielmente ao fato. “A gente percebe que essas pessoas precisam de ajuda, mas acima de tudo de amor e respeito. Temos mais contato com eles do que suas próprias famílias”.

A ação também acolheu Silas de Abreu, 36 anos, que veio de Caxias, no Maranhão, há três anos para morar com a tia, “mas não deu certo”. Usuário de drogas desde seus 13 anos, ele contou ter passado pelo Centro Municipal de Tratamento de Dependentes Químicos, mas que continua na busca para ficar limpo para poder retornar ao pai e ao filho. “Consegui vaga numa clínica em Goiânia e vou pedir ajuda para ir”.

Atendimento completo
O Dia D contou com ações já realizadas pela Prefeitura, como o Programa Banho Solidário. No quiosque, localizado na Praça das Bandeiras, foram realizados mais de 12.570 atendimentos, de janeiro a outubro deste ano, com fornecimento de banhos, kits de higiene, roupas, tolhas limpas e refeição com a entrega de marmitas.

Teve ainda corte de cabelo, um momento de oração e a presença dos profissionais do Consultório na Rua.  O programa municipal faz atendimentos que vão desde curativos, verificação de pressão, batimentos cardíacos, avaliação integral do paciente a agendamento de consultas nas UBS (unidades básicas de saúde) e oferta de tratamento para outros problemas enfrentados pelos moradores de rua.