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Médicos da Semus passam por qualificação na Carreta da saúde Roda-Hans

Foco é compartilhamento de técnicas que possibilitam diagnóstico precoce da doença

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Médico avalia sensibilidade no pé de paciente com suspeita de hanseníase

 

Com foco na capacitação de profissionais de saúde para diagnóstico precoce e manejo da hanseníase, médicos das Unidades de Saúde da Família (USFs) de Palmas estão passando por uma qualificação ofertada pelo Ministério da Saúde (MS), Secretaria Municipal da Saúde (Semus), Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) e rede de Laboratórios Novartis, na carreta de saúde Roda-Hans. A parte prática foi iniciada na manhã desta terça-feira, 12, e seguirá até a sexta-feira, 15, no estacionamento do Núcleo de Assistência Henfil, localizado no Centro de Atenção Especializada Dr. Ewaldo Borges Resende.

Tanto a parte teórica quanto a prática estão sendo conduzidas pela médica dermatologista e especialista em Hansenologia da Semus, Juliana Diniz Oliveira do Valle. “Além de capacitar os profissionais da atenção básica, a gente também está fazendo um resgate dos contatos dos últimos cinco anos dos pacientes que foram diagnosticados com hanseníase, para uma avaliação e identificação de um possível contágio”, explica.

Ainda de acordo com a especialista, o Tocantins é uma região hiperendêmica da doença. “Muitos profissionais não passaram por uma capacitação mais detalhada que possibilitasse o diagnóstico precoce da hanseníase e o manejo do paciente, por este motivo é de suma importância a realização deste projeto. Assim, evitamos o agravamento dos sintomas e o aparecimento de lesões graves”, finaliza.

A coordenadora técnica da Hanseníase e Tuberculose da Semus, Marli Pimentel, esclarece que serão atendidos apenas pacientes já selecionados pela equipe médica, portanto, novos atendimentos não serão realizados durante o período de treinamento. “Os moradores de Palmas devem buscar a sua unidade de saúde de referência para o acolhimento. Este paciente passará por consulta médica e receberá o atendimento necessário para o diagnóstico e, se confirmado, será encaminhado ao tratamento, ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde”, esclarece.

 

Números

De acordo com o último Boletim Epidemiológico da Hanseníase do Ministério da Saúde, divulgado em janeiro deste ano, o Brasil reportou à Organização Mundial da Saúde (OMS), 18.318 casos da doença em 2021, ocupando o segundo lugar entre os países com maior número de casos no mundo. O recorte estadual coloca o Tocantins na segunda posição entre os estados brasileiros, com 47,97 casos novos por 100 mil habitantes. Palmas registrou uma taxa de 79,78 casos por 100 mil habitantes, considerada a maior entre as capitais do país. Os dados têm como referência o ano de 2021.

Quanto aos dados locais, a coordenadora técnica da Hanseníase e Tuberculose da Semus considera como positivos, pois mostra que a detecção da doença, principalmente de modo precoce, está sendo feita corretamente. Desta forma o tratamento é iniciado logo no início e as chances de contágio no meio familiar e social deste paciente são minimizadas.

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