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Polícia Civil prende vice-prefeito suspeito de planejar homicídio do prefeito de Novo Acordo

Tentativa de homicídio aconteceu na tarde desta quarta-feira, 09, em Novo Acordo, e foram presos dois outros suspeitos pelo crime

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Polícia Civil apresenta resultado das investigações sobre tentativa de homicídio contra prefeito de Novo Acordo

A Polícia Civil do Tocantins, por meio das Delegacias Especializadas em Investigações Criminais (DEIC) de Palmas e Porto Nacional e Delegacia Especializada na Repressão a Narcóticos (DENARC), prendeu nesta quinta-feira,10, três homens suspeitos de planejar, contratar e tentar executar Elson Lino de Aguiar, prefeito de Novo Acordo, município localizado na região do Jalapão. De acordo com a Polícia Civil, Leto Moura Leitão Filho, vice-prefeito do município, seria o possível mandante do crime. Os motivos seriam divergências decorrentes de possíveis irregularidades administrativas.

A tentativa de homicídio contra o prefeito aconteceu na tarde da quarta-feira, 09, em Novo Acordo. O gestor foi alvejado por três tiros e encontra-se internado no Hospital Geral de Palmas (HGP). Tão logo teve ciência do ocorrido, a Polícia Civil iniciou o processo investigativo que durou mais de 24 horas ininterruptas. Com as investigações, chegou-se a G.A.S., 18 anos, que afirmou ter sido agenciado por P.H.S.C., 27 anos, que o teria contratado pelo valor de R$ 10 mil para executar o prefeito.

De acordo com o delegado Diogo Fonseca, responsável pela ação policial, as investigações apontaram que o vice-prefeito do município, não satisfeito com o repasse de recursos decorrentes de possíveis transações fraudulentas na administração municipal, teria encomendado o crime. “O não repasse de verbas no município de Novo Acordo resultou em um atrito entre os dois gestores do executivo e em razão disso ele optou pela decisão de ceifar a vida do atual prefeito, também conhecido como Doutorzinho”, afirmou. Segundo o delegado, o principal motivo das divergências seria o rateio de R$ 800 mil possivelmente desviados da administração pública. “A princípio foram presos três envolvidos, sendo o agenciador, o executor e o mandante. A Polícia investiga agora também a participação de outras pessoas nesse agenciamento, porém até o momento estas três pessoas já estão confirmadas”, ressaltou.

Planejamento

Também participando da ação policial, o delegado Leandro Risi da DEIC Palmas informou que os três homens envolvidos na tentativa de homicídio foram presos nesta quinta-feira, sendo dois em Palmas e o possível mandante do crime, o vice-prefeito, Leto Moura, em Novo Acordo, município localizado a 180 quilômetros de Palmas. O delegado informou ainda que os contratados para o assassinato do prefeito seriam integrantes de uma facção criminosa de atuação em todo o País.

Ainda de acordo com o delegado, inicialmente o crime teria sido contratado pelo valor de R$ 4 mil e deveria acontecer nos últimos dias de 2018. Não ocorrendo, aumentou-se o valor para R$ 10 mil, valor este que seria pago na consumação da execução. “O crime já estava sendo planejado há mais ou menos três meses. Ele teria que ter sido morto antes do Natal, mas os faccionados não conseguiram. Nesta segunda vez, o intermediador P.H. contratou G.A.S., mas informou que só pagaria os R$ 10 mil quando a tarefa estivesse cumprida. Pelo falo do prefeito ter sobrevivido, então ele ofereceu R$ 20 mil para executar o prefeito tão logo ele recebesse alta do hospital”, afirmou.

Segundo os investigadores da Polícia Civil, o inquérito do crime deverá ser concluído em até 10 dias. Após receber alta do hospital, o prefeito de Novo Acordo será convidado para prestar depoimento.

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