Cidades
Semus e Fesp orientam sobre síndrome mão-pé-boca
Doença é mais comum entre criança com idade de zero a cinco anos e transmitida diretamente de pessoa a pessoa
A síndrome mão-pé-boca (SMPB), doença infecciosa transmissível causada por um enterovírus – Vírus Coxsackie, muito comum em crianças, especialmente nos menores de cinco anos, vem despertando preocupação em pais e trabalhadores em saúde, devido ao aumento de casos registrado em todo o País.
Com vistas à prevenção deste agravo, e também para ser evitada a subnotificação, a Coordenador das Doenças Infectocontagiosas, Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), em parceria com a Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp), realizaram na tarde desta quarta-feira, 21, uma live de orientação sobre fluxo e manejo da doença. A capacitação foi ministrada pela enfermeira especialista em Saúde Pública Eziane de Fátima Paraense da Costa.
Segundo Eziane, a SMPB é caracterizada inicialmente por febre e pequenas lesões localizadas na cavidade em regiões oral, mãos e pés. A forma mais comum de transmissão é através do contato direto com as lesões, gotículas espalhadas através da tosse, espirros e saliva, uso compartilhado de objetos contaminados e cuidados higiênicos nas trocas de fraudas e posterior manipulação de alimentos. A profissional alerta que não existe um consenso do período de transmissibilidade da doença na literatura, mas que existe um consenso profissional de um período de sete dias, e que mesmo após a recuperação, o paciente pode continuar transmitindo o vírus por pelo menos mais quatro semanas, por meio das fezes.
Sintomas
A doença, conforme explicou a enfermeira Eziane, tem um período de incubação que pode variar três a sete dias. Além das bolhas, a pessoa acometida pela síndrome ainda pode apresentar febre alta, com temperaturas na faixa dos 38°C. Os sintomas clássicos da doença são falta de apetite, dor de garganta, amigdalite, úlceras dolorosas dentro da boca, na língua, na parte interna das bochechas e gengivas, além de bolhas de cor acinzentada e avermelhada na palma das mãos, dedos. “As bolhas podem ocorrer ainda nas nádegas e região genital”, informou.
Segundo Eziane, na maioria das vezes o diagnóstico da doença é clínico e não precisa de exames laboratoriais, por se tratar de quadro é bem típico. O tratamento recomendado inclui o isolamento, aumento do consumo de líquidos, repouso e alimentação leve. Ela alerta ainda que não há uma vacina para SBPM, apesar de já existir vacina para alguns enterovírus como o rotavírus, que já possui imunizante específico. “O tratamento depende muito do quadro do paciente”, afirmou a profissional.
Prevenção
Entre as medidas de prevenção da doença, a enfermeira recomenda o isolamento da criança suspeita e que sejam intensificados os cuidados com a higiene pessoal e objetos compartilhados como brinquedos.