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Rota da Prosperidade: “Com a BR-153, Araguaína passou não só a receber, mas exportar grandes produtos”, conta pioneiro da arquitetura na cidade

Entrevistas da Prefeitura de Araguaína trouxeram histórias da chegada da rodovia na cidade a partir da memória de moradores em comemoração aos 64 anos da cidade

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Por: Adriana Santana | Fotos: Marcos Sandes/Ascom

 

Na terceira e última entrevista da Série Rota da Prosperidade, a história de Araguaína e da contribuição da Rodovia BR-153 no desenvolvimento da cidade é contada pelo olhar e experiência do engenheiro, arquiteto e urbanista Nourival Batista Ferreira, conhecido como Nouri. Natural de Minas Gerais, Nourival concluiu formação profissional em Brasília e mudou-se para Araguaína já formado, no início dos anos 1970, recebendo a missão de ajudar a construir o primeiro frigorífico da cidade que seguia a passos firmes no caminho do desenvolvimento.

“Foram longas horas de viagem até chegar a esse lugar que se tornaria a minha cidade do coração. Nessa época, a BR-153 já estava em pleno progresso faltando poucos trechos de asfalto, mas, já era um marco para o progresso dessa região. Enquanto rompia a estrada imaginava a dificuldade que era chegar aqui sem essa rodovia”, contou o arquiteto.

A cidade completa 64 anos nesta segunda-feira, 14 de novembro, e para celebrar a data, a Prefeitura trouxe entrevistas com moradores que participaram ativamente da construção e desenvolvimento da rodovia, uma das mais importantes do País e eixo fundamental de crescimento econômico e social para a cidade.

Crescimento acelerado

Nouri foi o primeiro arquiteto a chegar no então norte do Goiás, região que depois se tornaria o Tocantins. Em Araguaína, colaborou profissionalmente para a construção do primeiro frigorífico, que seria também o primeiro a realizar exportações no estado, graças à construção da Belém-Brasília.

“Um frigorífico em construção e junto com ele o crescimento admirável da cidade que tenho orgulho de dizer que contribui, ajudando na organização de ruas, loteamentos, com destaque para o que mais tarde se tornaria também uma rodovia, que é a T0-222. No tempo em que as obras iam aumentando, delimitamos da região do JK até o que hoje é o Jardim das Flores, o tamanho adequado das construções respeitando a largura da pista, a única dupla daquele tempo”, relembrou Nourival.

Rota de exportação

No final dos anos 70, o Frimar Frigorífico Araguaína SA já era uma realidade. Localizado no bairro JK, foi um grande impulsionador da economia local. O frigorífico tinha filiais em Goiânia, São Paulo, Recife, Fortaleza e Belém, o que colocou Araguaína no cenário nacional dos grandes produtores de carne.

“Precisamos destacar que isso se tornou possível, sobretudo porque já tínhamos a BR-153 que levava nossa carne, nossa produção para várias regiões. Antes ouvíamos as histórias de que produtos como o sal, por exemplo, chegava a Araguaína pelas cidades de Balsas e Carolina, com a BR não só passamos a receber, mas exportar produtos”, destacou o engenheiro.

A BR-153

Conhecida como Belém-Brasília no trecho entre Anápolis (GO) e Wanderlândia, e também como Transbrasiliana, a rodovia é uma das maiores obras de infraestrutura do Brasil que ajudou a conectar a região norte com o eixo centro-sul do País. Tem 3.585 quilômetros de extensão e hoje é a sexta maior rodovia do Brasil.

A obra começou no final dos anos 1950, durante o governo de Juscelino Kubitschek. O projeto foi conduzido pelo engenheiro Bernardo Sayão, que dá nome a uma cidade no Tocantins e diversas ruas e avenidas em outros municípios. A primeira cidade tocantinense a receber a rodovia foi Xambioá, na frente de obras que saiu de Belém para encontrar a frente sul.

Hoje, mais de 400 mil pessoas de 58 cidades, além de distritos e povoados, vivem às margens da BR-153 no Tocantins.

 


 “Os colegas que estiveram à frente da obra da BR-153 merecem nossas homenagens

 

Autor:Ascom

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