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Política

Tocantins 33 anos: das primeiras escolas públicas às mais de 400 unidades de ensino

Atualmente, o Estado atende 12.416 estudantes em tempo integral, em 23 escolas do ensino fundamental e em 29 escolas do ensino médio

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Escola de tempo integral Jardenir Jorge Frederico em Araguaína - O Governo do Tocantins retomou as obras de seis escolas de tempo integral visando a oferta de atividades diversificadas para os estudantes

Das primeiras escolas públicas implantadas na região do atual Estado do Tocantins, à época norte goiano, na década de 1930, aos últimos anos, a educação deu um salto no mais novo estado da federação, passando a contar com a oferta de modalidades diversificadas de ensino, para garantir o atendimento dos estudantes de forma plural. Atualmente, a rede estadual de ensino conta com 494 unidades escolares e mais de 160 mil estudantes matriculados.

Nos últimos anos, a rede estadual de ensino vivenciou importantes avanços no que se refere à oferta diversificada de ensino, especialmente na modalidade de educação integral, conforme explica a titular da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), Adriana Aguiar. “A educação integral tem sido tratada pelo Governo do Estado do Tocantins como uma política pública de extrema importância. Hoje, temos 52 escolas de tempo integral e esse número vai aumentar com a inauguração das Escolas Estaduais de Tempo Integral (ETIs) que tiveram suas obras retomadas nesta gestão”, aponta.

Atualmente, o Estado atende 12.416 estudantes em tempo integral, em 23 escolas dos anos iniciais e finais da etapa do ensino fundamental, e em 29 escolas do ensino médio. As escolas de ensino médio integral fazem parte do Programa Escola Jovem em Ação, que possui na sua estrutura curricular uma parte diversificada e seu planejamento tem como centralidade o estudante e seu Projeto de Vida, conforme orienta a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Desde o início da gestão, em 2018, houve um salto de 12 para 29 Escolas Jovens em Ação.

Ainda no que se refere às ETIs, o Governo Mauro Carlesse retomou as obras, das seis escolas que haviam sido iniciadas em 2013, e que estavam . Com um investimento de R$ 66.921.522, juntas, as unidades escolares têm capacidade para atender a 9 mil estudantes. São duas unidades em Araguaína, sendo que uma já foi concluída e entregue à comunidade do setor Maracanã, a Escola Estadual Jardenir Jorge Frederico. As outras unidades estão em Paraíso do Tocantins, Aliança do Tocantins, Pedro Afonso, Araguatins e Palmas.

O Tocantins também conta com 25 Colégios Militares, distribuídos nos seguintes municípios: Araguaína, Arraias, Araguatins, Augustinópolis, Araguaçu, Colinas do Tocantins, Dianópolis, Taguatinga, Alvorada, Gurupi, Palmeirópolis, Guaraí, Miracema do Tocantins, Palmas, Cristalândia, Paraíso do Tocantins, Porto Nacional, Pindorama, Aliança do Tocantins, Colmeia, São Miguel do Tocantins e Natividade; e seis unidades de ensino do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, distribuídas nas cidades de: Palmas, Gurupi, Paraíso do Tocantins, Formoso do Araguaia e Peixe.  No início da gestão, eram apenas seis Colégios Militares.

Educação Profissional 

No que abrange o processo de formação do jovem para o mundo do trabalho, o Tocantins conta com 19 unidades de ensino que ofertam Educação Profissional Técnica de Nível Médio, com cursos técnicos que visam à profissionalização dos estudantes, articulada à formação geral básica curricular, tais como: Informática, Enfermagem, Agronegócio, Agroecologia, Agroindústria, Guia de Turismo, Recursos Humanos, Enfermagens, Controle Ambiental, Instrumento Musical, Agropecuária, Zootecnia e outros.

Entre outras modalidades, a Educação tem avançado na oferta de ensino para jovens e adultos que não completaram a educação básica dentro do tempo previsto. São 15.437 estudantes matriculados em 146 unidades de ensino, além de alunos do sistema prisional e socioeducativo. Neste ano também foi implantado o Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Gildene Ferreira dos Santos, em Gurupi, com atendimento voltado exclusivamente para a modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Conforme Adriana Aguiar, incentivar a formação integral do estudante contribui para o desenvolvimento do Estado. “As diversas modalidades educacionais, ofertadas no Tocantins, fazem parte do modelo pedagógico e de gestão que é voltado para a inovação do ensino e da aprendizagem, com metodologias e conteúdo que tenham impacto no desenvolvimento dos estudantes e incentive a formação integral adequada às realidades dos municípios tocantinenses. É possível observar o crescimento dessa oferta diversificada, pensada no potencial que os nossos estudantes têm para crescerem junto com o Estado, cada vez mais competentes, autônomos e protagonistas na construção de seu futuro”, frisa.

Contexto histórico da Educação no Tocantins

A história da educação pública no território do estado do Tocantins iniciou com a institucionalização das escolas isoladas no início da década de 1930. Essas unidades eram formadas por uma só classe, com o ensino primário, e que, em sua maioria, funcionavam em prédios alugados pelo governo, casas cedidas pela comunidade, ou mesmo nas residências dos próprios professores.

Conforme explica a professora e coordenadora do curso de História da Universidade Federal do Tocantins (UFT), em Porto Nacional, Benvinda Barros Dourado, que é autora da tese “A Educação Primária no Tocantins: das escolas isoladas aos grupos escolares”, paralela à institucionalização das escolas isoladas começaram a ser implantados os grupos escolares.

“Antes das escolas públicas, existiam as escolas domésticas, ou escolas particulares, em que os pais pagavam padres ou pessoas que sabiam ler e escrever para ensinar seus filhos. Os grupos escolares eram a junção das escolas isoladas primárias para o sexo masculino, para o sexo feminino ou escolas mistas, com uma direção e uma organização pedagógica e que ofertavam o ensino secundário”, explicou a pesquisadora.

O primeiro grupo escolar implantado na região norte de Goiás – atual estado do Tocantins – foi o de Natividade, criado pelo Decreto nº 4.042, de 18/11/1934, hoje Colégio Estadual Dr. Quintiliano da Silva. Já o município de Porto Nacional recebeu o segundo grupo escolar, criado pelo Decreto nº 175, de 11/06/1935, a atual Escola Estadual Girassol de Tempo Integral Dom Pedro II.

Foi em Porto Nacional que também foi implantado o primeiro Ginásio (que inicialmente ofertava a segunda fase do ensino fundamental), o Ginásio Estadual de Porto Nacional, criado em 14 de março de 1946, atual Centro de Ensino Médio Florêncio Aires. A unidade de ensino passou a ofertar o 2º ciclo, hoje ensino médio, em 1962, marcando uma nova fase na história da educação tocantinense.

Dando um salto no tempo, em 5 de outubro de 1988, o norte do estado de Goiás foi emancipado, passando a se chamar Tocantins, com sua instalação definitiva ocorrendo em 1º de janeiro de 1989, tendo como capital provisória a cidade de Miracema do Tocantins. Junto com a construção da atual capital, Palmas, também começou a implantação da primeira escola da rede estadual de ensino do novo município, o Colégio Estadual de Palmas.

A unidade de ensino foi fundada em 20 de agosto de 1990. Em seu primeiro ano de funcionamento, atendia somente 150 alunos, divididos entre a educação infantil, fundamental e médio. Funcionava em local provisório, onde hoje abriga a Praça da Quadra 108 Sul, antiga ARSE 13. Em 1997 foi transferida para as instalações localizadas na quadra ARNE 23, Av. LO – 4, e passou a contar com uma infraestrutura completa para melhor atender aos alunos.

Em 28 de maio de 2001, o colégio teve sua nomenclatura mudada, pelo Decreto nº 1.197, para Centro de Ensino Médio de Palmas. Em 18 de agosto de 2009, passou a contar com a metodologia de ensino militarizado e, atualmente, é denominado Colégio Militar do Estado do Tocantins – Unidade II.

As mudanças pelas quais as unidades de ensino foram passando sinalizam para as transformações que a educação vivenciou ao longo dos anos, e que se acentuaram a partir de 2018, com um maior incentivo às ofertas de modalidades diversificadas de ensino, como a implantação do ensino em tempo integral e da metodologia militar em um maior número de escolas, o que possibilita a realização de atividades diversificadas, voltadas ao processo de ensino e aprendizagem dos estudantes.

Edição: Lenna Borges

Revisão Textual:

Governador Mauro Carlesse durante visita a escola de tempo integral em Palmas 

Para a titular da Seduc, Adriana Aguiar, incentivar a formação integral do estudante contribui para o desenvolvimento do Estado 

Estudantes caracterizados, representando personagens da história do mundo, em atividade eletiva do Programa Escola Jovem em Ação

O número de Colégios Militares saltou de seis para vinte um, nos últimos quatro anos

Desfile de Sete de Setembro, do Colégio Estadual Dr. Quintiliano da Silva, em 1971 

Antiga faxada do Colégio Estadual Dr. Quintiliano da Silva, década de 1990 

Antiga faxada da Escola Estadual Girassol de Tempo Integral Dom Pedro II (década de 1990) 
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