Estado
Corpo de Bombeiros define núcleo interdisciplinar e de direitos humanos na corporação
Núcleo visa discutir, ampliar e propor ações e projetos que envolvam demandas internas nas áreas da saúde e direitos humanos
Ocorreu na manhã desta terça-feira, 29, no Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros, uma reunião, com membros da instituição, com a finalidade de estruturar um núcleo interdisciplinar de qualidade de vida e direitos humanos dentro do Corpo de Bombeiros Militares do Tocantins (CBMTO). Esse grupo terá como principais objetivos discutir, ampliar e propor ações e projetos que envolvam as demandas internas nos campos saúde, direitos humanos, qualidade de vida, questões jurídicas e ainda o desenvolvimento de ações pontuais para cada fato novo. Essa reunião foi motivada pela constante veiculação, de outubro de 2018 até janeiro deste ano, de possíveis denúncias de assédios, dos tipos moral e sexual, ocorridos na corporação.
Participaram da reunião o comandante-geral dos Bombeiros, coronel Reginaldo Leandro da Silva; a psicóloga e tenente-coronel Juliana Pinto Corgozinho; o odontólogo e tenente-coronel Luciano Nakano Junqueira; o diretor de Administração e Recursos Humanos, Carlos Alberto Rodrigues Costa; o comandante operacional e major Cleber Jose Borges Sobrinho; a odontóloga e major Domitilla Rodrigues Traversim; a odontóloga e major Ana Paula de Castro Reis; o capelão e major Josselindo Marcos Cordeiro Sobral; a assessora jurídica e major Halyny Mendes Guimaraes; o padre Jairon Bezerra de Carvalho; a psicóloga Maria do Socorro Gonçalves; e a assistente social Patrícia Rodrigues Pontes.
O grupo interdisciplinar será composto por profissionais da área da saúde, jurídica, de recursos humanos e presidido pelo comandante-geral. Terá também caráter consultivo e de assessoramento ao comando do CBMTO para tratar dos assuntos que atingem os membros da corporação, tais como os assédios, desvios de comportamento, depressões e outras demandas.
Nesse primeiro instante, foram abordados a importância de discutir esses assuntos, de forma multidisciplinar, e a necessidade de normatizar o núcleo, com objetivos e incumbências, para que os trabalhos comecem a ser realizados formalmente e que os militares possam compreender, acreditar e participar das discussões futuras.
O comandante-geral, coronel Leandro, destacou que a criação do grupo veio na hora mais apropriada, “nada acontece por acaso. As tempestades vêm, mas Deus nos orienta e conduz o nosso barco por uma rota segura. Essa proposta vem ao encontro de nosso barco, no sentido de direcionar nossas ações para os problemas que hoje atingem a tropa, não só nas questões dos assédios, mas em todos os campos comportamentais”.
A próxima reunião ficou definida para a próxima terça-feira, 5 de fevereiro, e com prioridade para discussão dos temas que têm clamor social que são os direitos humanos, em especial o direito das mulheres.