Semed estuda formações permanentes e cursos de especialização para professores da educação especial

Pensando na ampliação da proposta de formação continuada para professores que atuam na educação especial, a equipe gestora da Secretaria Municipal da Educação (Semed) se reuniu na tarde desta segunda-feira, 23, com um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) para planejar cronogramas de cursos voltados ao desenvolvimento de ações educacionais a este grupo de educadores.

Em conversa com os pesquisadores, o secretário municipal da Educação, professor Fábio Chaves, falou sobre os desafios encontrados pela gestão no processo de implantação da política de educação inclusiva, principalmente pela falta de profissionais preparados para o acompanhamento dos alunos neurodivergentes. “Precisamos acolher e conduzir todos os alunos que precisam de uma atenção especial, sobretudo, saber trabalhar com propostas que atendam às necessidades, expectativas e demandas próprias de cada um deles. Sabemos que existem dificuldades na formação do docente para a educação inclusiva, mas com a construção de novas experiências que perpassam pelo conhecimento, teremos uma educação de qualidade e verdadeiramente para todos”, disse o secretário, justificando a necessidade de ofertar aos educadores da rede cursos e capacitações voltados para educação especial, inclusive de pós-graduação latu sensu (especialização).

O professor da UFT, doutor George França dos Santos, juntamente com os demais especialistas, apresentaram aos gestores alguns formatos de programas de formação para educadores específicos para atendimento educacional especializado. “É importante que o professor esteja preparado para receber no ambiente escolar o aluno com alguma deficiência intelectual ou múltiplas deficiências. E as formações  vão contribuir com a sua prática pedagógica de forma mais assertiva. “A proposta é trabalhar junto com a equipe da Semed as capacitações destes profissionais. Vamos construir juntos as metodologias e abordagens dos cursos, levando em consideração as principais demandas da rede”, revelou o professor.

De acordo com George França, as formações vão ajudar o educador a visualizar as competências para perceber as necessidades educacionais específicas dos estudantes. “O conhecimento a respeito dos tipos de deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação com a conceituação, características e possibilidades de trabalho pedagógico, pode ser de grande valia para os profissionais da educação. Assim, a discussão de casos, a socialização de experiências bem-sucedidas no coletivo da escola também podem ser uma ferramenta de grande ajuda para toda a comunidade escolar”, ressaltou o professor.