Cidades
Diretora escolar ganha reconhecimento pela gestão de emoções
Elizabeth Gama, diretora no CEM Bom Jesus, em Gurupi, faz a diferença no seu trabalho por motivar alunos e servidores
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Das lembranças das conversas com o pai, Adalberto Gama da Silveira, ao destaque na vida profissional, a professora Elizabeth Gama da Silveira Mota, diretora do Centro de Ensino Médio Bom Jesus, em Gurupi, construiu uma vida profissional de sucesso e de excelência. Elizabeth ganhou reconhecimento experimentando a gestão de emoções, com estudantes e com os servidores da escola. A ideia deu tão certo que a experiência teve repercussão nacional, sendo indicada para ganhar um certificado da Unesco.
A educadora Elizabeth atua como gestora educacional desde 2018, no CEM Bom Jesus, uma escola que atende a 322 estudantes e conta com 70 servidores. E foi direcionando um olhar de respeito e de acolhimento para as pessoas que o trabalho na escola fluiu. Os servidores se sentiram mais motivados e o ensino e a aprendizagem não cessaram, mesmo nas etapas mais críticas da pandemia da covid-19.
Elizabeth atua na educação há 20 anos, parte de sua história de trabalhos aconteceu na orientação educacional e, nessa ocasião, ela observou, mais de perto, os desafios da diversidade humana na escola. “Eu vi a necessidade de entender melhor o funcionamento do cérebro e essa parte emocional dos estudantes e, por isso, cursei Neuropsicopedagogia”, explicou. E com mais conhecimentos, Elizabeth desenvolveu o projeto Gestão de Emoções, que fez sucesso durante as aulas remotas.
O CEM Bom Jesus é uma Escola Jovem em Ação, e os servidores assumem uma postura diferente. “Refletimos melhor sobre o saber conviver, a desenvolver a escuta aberta, a dar uma atenção especial para a acolhida e para a Pedagogia da Presença e isso representa o nosso projeto de vida. E na verdade eu já tenho esse perfil voltado para o socioemocional, o que facilita o desenvolvimento do trabalho da forma que estamos realizando na escola, com o foco em promover a inclusão, a boa convivência entre os alunos e que as famílias participem mais das ações da escola”, esclareceu a diretora.
Elizabeth tem formação em Pedagogia, especialização em Orientação Educacional pela Universidade Salgado Filho, do Rio de Janeiro, e em Educação de Jovens e Adultos (EJA) pela Universidade de Brasília (UnB) e o curso de Neuropsicopedagogia Clínica pelo Instituto Saber.
As lições aprendidas com o pai
Elizabeth nasceu no Estado de São Paulo e teve quatro irmãs. “O nosso pai nos ensinou que tínhamos que ser mulheres fortes. Dar valor ao estudo. E tudo aquilo que ele não poderia nos dar, devido às condições financeiras, nós deveríamos alcançar por meio dos estudos, ou seja, ele nos ensinou a ter um projeto de vida e eu e minhas irmãs escolhemos aquilo que mais gostamos de fazer, e hoje somos mulheres de destaque no nosso trabalho”, contou.
E refletindo sobre as conquistas femininas ao longo dos anos, Elizabeth destacou a realização dos sonhos. “Com o passar do tempo, a mulher foi tomando o seu espaço, de mulher subjugada, que baixava a sua cabeça, ela passou a estudar, a aprender e foi ocupando espaços, e é isso que a gente procura passar para as nossas alunas, para que elas compreendam que pode construir seus projetos de vida e ser o que elas quiserem ser”, completou Elizabeth.
E, com a mãe Maria do Socorro Guedes Gama da Silveira, Elizabeth sentiu o maior incentivo para escolher a área da educação. “Perguntei para minha mãe se ela tivesse a oportunidade de estudar o que ela teria escolhido ser, e ela me respondeu que teria sido professora. E, a partir dessa resposta, escolhi ser uma educadora”, explicou. Elizabeth tem três filhos e cinco netos.
Revisão Textual: Liliane Costa/Governo do Tocantins