Brasil
Hoje é Dia: semana traz 75 anos de Asa Branca e Dia da Música Clássica
Texto: Redação | Agência Brasil
27/02/2022 – Publicado às 00:21
O Hoje é Dia desta semana relembra grandes figuras da música nacional. Na lista estão nomes como Heitor Villa-Lobos, cuja data de nascimento acabou sendo escolhida para marcar o Dia Nacional da Música Clássica, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, os compositores do clássico do cancioneiro nacional, a música Asa Branca, e a compositora Chiquinha Gonzaga, apontada como a mãe do música popular do Brasil. Além disso, também serão comemorados nos próximos dias o Dia Mundial das Doenças Raras e o Dia Nacional do Livro Didático.
De acordo com o calendário, o carnaval também está marcado para os próximos dias – mas as festas que arrastam multidões pelas ruas do país foram, pelo segundo ano consecutivo, adiadas ou canceladas, em decorrência da pandemia do coronavírus. O carnaval não está na lista de feriados nacionais – apenas algumas cidades e um único estado, o Rio de Janeiro, tem leis locais que oficializaram a terça-feira de carnaval como feriado. Ainda na semana que começa hoje, uma data representativa para os católicos: a Quarta-Feira de Cinzas, que marca o início da Quaresma, período de preparação dos fiéis para a Páscoa.
120 anos de Lúcio Costa
No dia 27 de fevereiro de 1902 – há exatamente 120 anos -, nascia Lúcio Costa. O visionário arquiteto e urbanista é o autor do projeto de construção para uma nova capital para o Brasil: Brasília. A efeméride é lembrada pela Agência Brasil neste domingo, que conta que o enorme acervo de Lúcio Costa, com mais de 11 mil documentos – entre documentos pessoais (como fotografias de família, infância, viagens e até documentos de identificação) peças desenhadas, cerca de 80 projetos de arquitetura, urbanismo e paisagismo, desenhos ou pinturas não relacionadas com arquitetura (a carvão, aguarelas) obras escritas (como cinco livros, além de ensaios, artigos, depoimentos), correspondência, registos fotográficos e em vídeo – poderão ser consultados pelo público, gratuitamente e pela internet, a partir do mês de maio. A reportagem também traz, em primeira mão, alguns destes registros recuperados pela família do arquiteto e cedidos pela Casa da Arquictetura, em Portugal, que passa a abrigar o acervo de Lúcio Costa. Leia a matéria completa aqui, e ouça também na Radioagência Nacional:
Dia Nacional do Livro Didático
Também em 27 de fevereiro, é comemorado o Dia Nacional do Livro Didático. A data foi instituída com o intuito de destacar o material utilizado, tanto por educadores quanto por estudantes, para o aprendizado de milhões de brasileiros. A utilização do livro didático sempre foi importante na vida de um aluno ou de um professor: por reunir o conteúdo de forma simples e direta, o livro didático auxilia e complementa aquilo que é passado em sala de aula.
No Brasil, o governo federal, desde 1985, mantém o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). O programa distribui materiais didáticos para estudantes de escolas públicas de educação básica das redes federal, estaduais e municipais. Os alunos recebem, no início do ano letivo, um conjunto de materiais didáticos e os devolvem ao final deste ciclo de aprendizado; e recebem outro conjunto de livros no próximo ano.
O telejornal Repórter Brasil, da TV Brasil, trouxe a importância de comprar e vender livros didáticos usados. Confira abaixo.
Milhões de raros
Já no dia 28 de fevereiro, é lembrado, em todo o mundo, o Dia das Doenças Raras. O dia escolhido é 29 de fevereiro, justamente o dia mais raro do calendário. Mas como a data exato só acontece de quatro em quatro anos, nos demais anos o Dia Mundial das Doenças Raras é movido para o último dia do mês de fevereiro. Em 2020, o Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, exibiu o episódio Vidas raras, contando histórias de pessoas diagnosticadas com alguma condição – são entre seis e oito mil doenças raras catalogadas pela ciência. A estimativa é que elas afetem em torno de 13 milhões de pessoas no Brasil. Assista o programa completo:
A mãe da música popular brasileira
Criadora da primeira marchinha do carnaval brasileiro, Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida por Chiquinha Gonzaga, marcou o imaginário do povo brasileiro para sempre. Composta em 1899, Ó Abre Alas ainda embala as festas carnavalescas atualmente. Além disso, ela foi a primeira mulher a reger uma orquestra e a fazer um chorinho no Brasil. Em 28 de fevereiro deste ano, são 87 anos de sua morte (leia matéria especial da Agência Brasil de 2020, quando completaram-se 85 anos de seu falecimento).
Vinda de uma educação erudita, Chiquinha é considerada por muitos como a mãe da música popular brasileira. Com apenas 11 anos de idade, ela compôs a sua primeira canção e, mais tarde, passou a influenciar, ao longo de sua carreira, diversos artistas – por conta da sua capacidade de transitar por inúmeros gêneros musicais. Com a composição de Ó Abre Alas, ela entrou de vez no universo do carnaval.
Natural do Rio de Janeiro, Chiquinha nasceu em 1947 e também foi autora de diversas composições para teatro. Nesse contexto, ela fez parte do grupo dos fundadores da Sociedade Brasileira dos Autores Teatrais (SBAT). O programa De Lá Pra Cá, da TV Brasil, feito na ocasião dos 110 anos de Ó Abre Alas, conta, na primeira de suas três partes, um pouco da trajetória desta mulher vanguardista. Assista:
Hino do nordestino
No dia 3 de março de 1947, foi lançada, por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, a icônica canção Asa Branca, considerada por muitos o hino do nordestino. Gravada em dez idiomas, além do português, a composição é tida como uma das cinco músicas mais importantes da cultura brasileira e uma das canções mais tocadas em festas juninas por todo o país.
Tratando da seca no sertão nordestino, Luiz Gonzaga, através de Asa Branca, levou a cultura do Nordeste para todo o Brasil. A canção possui uma melodia simples e retrata a saga do sertanejo, que se vê forçado a deixar sua terra diante da falta de água. Intensa, a música traz riqueza tanto em sua letra como em sua composição.
Confira abaixo a performance de Asa Branca feita pelo grupo Forró Miudinho para o Música Animada, da TV Brasil:
O maestro do Brasil
No dia 5 de março, é celebrado o Dia Nacional da Música Clássica (leia mais na matéria da Agência Brasil). A data é uma justa homenagem ao dia de nascimento de maestro brasileiro Heitor Villa-Lobos. Instituída em 2005, a data foi criada para celebrar e promover a importância e a grandeza da música clássica nacional, após a constatação que não havia um dia dedicado ao gênero no país. E a deferência a Villa-Lobos, fundador da Academia Brasileira de Música (ABM) e compositor de quase duas mil obras, dentre Bachianas Brasileiras, choros, concertos e obras para violão.
Villa-Lobos é natural do Rio de Janeiro e é tido como o compositor mais criativo da música clássica brasileira do século 20. Ele ficou conhecido por imprimir em suas músicas um grau sentimental único. Dessa forma, além da técnica primorosa, o maestro foi o responsável por desenvolver uma linguagem mais brasileira na música, destacando-se por um equilíbrio em suas composições. Nesse contexto, o compositor também utilizou nas suas obras elementos folclóricos próprios do imaginário nacional, uma atitude inovadora para a época.
O maestro faleceu em 17 de novembro de 1959, vitimado por um câncer. O programa Partituras, da TV Brasil, apresentou um especial com as obras de Villa-Lobos que, além de mostrar a genialidade do compositor, também homenageia toda a música clássica brasileira. Confira:
Confira a lista semanal do Hoje é Dia com datas, fatos históricos e feriados:
*Com supervisão e edição de Nathália Mendes