Connect with us

Brasil

IV Conferência Municipal pela Promoção da Igualdade Racial de Palmas termina com proposição de lei e adesão ao Plano Juventude Negra Viva

Com mais de 150 inscritos, IV Compir aprova proposições para enfrentar racismo e reforçar políticas públicas; prioridades incluem educação antirracista, segurança, saúde e valorização cultural

Published

on

Três grupos foram formados para debater cada um dos eixos e, a partir da temática, chegarem em cinco propostas comuns para cada grupo; ao todo, foram definidas 15 propostas, entre elas, seis prioritárias

 

A IV Conferência Municipal pela Promoção da Igualdade Racial de Palmas (IV Compir), realizada pela Prefeitura de Palmas, por meio da Secretaria Extraordinária de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh), nos dias 23 e 24 de maio, consolidou-se como um espaço estratégico de escuta, articulação e proposição de políticas públicas para os povos e comunidades historicamente marginalizadas. Com 170 inscritos, entre registros on-line e presenciais, o evento contou com mais de 80 pessoas na abertura oficial e cerca de 70 participantes nas discussões dos eixos temáticos.

Para o secretário de Igualdade Racial e Direitos Humanos, Eduardo Azevedo, o evento demonstra o compromisso da gestão com a promoção da equidade. “A realização desta conferência reafirma o compromisso da Prefeitura de Palmas com a construção de uma cidade mais justa, inclusiva e plural. Seguimos trabalhando em parceria com o Conselho Municipal e com a sociedade civil para que as vozes da população negra, quilombola, indígena, dos povos de terreiro e da comunidade LGBTQIA+ continuem ecoando na formulação de políticas públicas efetivas em Palmas”, afirmou.

Propostas

Durante o segundo dia de programação, foram debatidos três eixos centrais: democracia, justiça racial e reparação. A plenária final aprovou 15 propostas, das quais seis foram indicadas como prioritárias. Entre os destaques, estão a criação de um projeto de lei para efetivar a implementação das Leis N.º 10.639/2003 e N.º 11.645/2008 nas redes pública e privada de ensino, com formação antirracista para professores, alunos, gestores e parlamentares, e a adesão do município ao Plano Juventude Negra Viva, ao programa Rotas Negras e o fortalecimento da presença no Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), com previsão de orçamento próprio, plano municipal de metas e formação de lideranças. Lembrando que, no início deste mês, o secretário Eduardo Azevedo esteve em Brasília, buscando adesão ao PJNV.

Também foram priorizadas propostas que envolvem a formação de profissionais da saúde no atendimento a gestantes negras, indígenas e quilombolas; capacitações para forças de segurança pública com foco no combate ao racismo estrutural e religioso; além da criação de um plano municipal voltado à proteção dos terreiros de matriz africana e da inclusão de festas e manifestações da cultura negra, indígena e cigana no calendário oficial do município.

Avaliações

A presidente do Conselho Municipal pela Promoção da Igualdade Racial (Compir), Deborah Cristina Pereira, destacou o engajamento da população. “A conferência simboliza um novo tempo, de caminhada conjunta e luta por direitos iguais. É muito significativo ver a população negra, indígena, quilombola, cigana e de terreiro ocupando esses espaços de decisão. Foi uma conferência rica em trocas, e a participação ativa da sociedade mostra que estamos no caminho certo”, avaliou.

Já a diretora da Secretaria Estadual de Igualdade Racial (Seir), Lena Rodrigues, reforçou a importância da Conferência. “Esse é o momento em que a sociedade civil se organiza e diz ao estado o que deseja como política para garantir seus direitos. E, neste ano, temos um tema central muito importante, que é: democracia, reparação e justiça racial”.

Representando a Universidade Federal do Tocantins (UFT), onde é professor, e o Movimento Negro Unificado (MNU) no estado, Tedson Souza reforçou a urgência da agenda: “somos os que menos acessam os serviços públicos e os que mais morrem vítimas da violência policial. Por isso, é fundamental que a gente se reúna, debata e busque caminhos para enfrentar essas desigualdades”.

 

Delegados

Ao final da plenária, foram eleitos os representantes que participarão da etapa estadual. Confira os nomes por segmento:

 

Comunidade quilombola

Ana Célia Rodrigues Matos (Barra da Aroeira)

 

Comunidade indígena

Ester Simikadi Silva Xerente

Ivan Luiz Guarany Silva

 

Casa de terreiros

Saulo Arruda Silva

Wellington Silva dos Santos

 

LGBTQIA+

Fernando Coelho

 

Mulheres negras

Zulmira Melquides Souza

Rossana Faustino Reis

Brenda Allem Amaral Martins

Sara Soares Ribeiro Nunes de Carvalho

Suplente: Sandra Reis

 

Homens negros

Aires Panda

Prof. Gustavo Henrique Lima Ferreira

Mc Queiroz (Gabriel Queiroz Cardoso)

Carlos Daniel Melo Ramalho

 

Suplentes: Gustavo Henrique Soares da Silva Cunha, Manoel Corrêa, Matheus Rodrigues, Édson José Barbosa

 

Governamental

Thamires Lima

José Eduardo de Azevedo

Nélio Lopes

Deborah Cristina Pereira

Lena Rodrigues

Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Mais Lidas