Agosto Dourado: Unidades de Saúde da Família (USFs) de Palmas realizam dia “D” para promoção do aleitamento materno

“Amamentar é responsabilidade de todos”. Foi com essa frase que a nutricionista Walkiria Sousa Pinheiro, coordenadora do Banco de Leite Humano abriu uma palestra voltada para gestantes na Unidade de Saúde da Família (USF) José Hermes Damaso, Setor Sul, em Palmas, realizada na tarde desta quinta-feira, 19, dia “D” do Aleitamento Materno para as USFs da Capital.

As grávidas que são atendidas na unidade participaram durante todo o dia de oficinas de relaxamento, consultas e acolhimento de pré-natal, além de serem orientadas sobre a nutrição materno-infantil e puderam realizar testes para detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) por profissionais da Secretaria Municipal da Saúde (Semus), Corpo de Bombeiros, Saúde Estadual e residentes da Fundação Escola de Saúde Pública (Fesp).

Segundo Walkiria, a amamentação não é responsabilidade só da mulher, mas de todos os membros da sociedade. “A responsabilidade também é do pai, da família, do empregador, da sociedade, do trabalhador de saúde, das instituições e do governo. Quando uma mulher não amamenta, a culpa não é dela. A culpa é de todos nós que não demos o apoio necessário para mulher”, reforçou.

Ações

As atividades para impulsionar o aleitamento materno ocorrem nas USFs da Capital (com exceção das que possuem atendimento exclusivo para Covid-19) durante todo o ano, mas, o mês de agosto, escolhido para estimular a amamentação, é reservado para diversificar as atividades. O objetivo é apresentar a importância da nutrição do bebê, da segurança alimentar e dos benefícios gerados pelo leite materno.

A estudante Fernanda Ramos está grávida de oito meses e esteve na USF para participar das ações do Dia “D”. Ela acredita que o evento serviu para auxiliar todas as mamães nesse processo tão importante que é a amamentação. “Sou mãe de primeira viagem e me serviu muito. Muita coisa eu já vivenciei antes com minha família, só que precisava desse apoio profissional para saber como alimentar o meu bebê com segurança”, afirmou.

O gerente das Linhas de Cuidados da Atenção Primária da Semus, o enfermeiro Ilton Batista Salgado, explica que a secretaria tem fortalecido as políticas de aleitamento materno e promoção de saúde. “Com a promoção do aleitamento materno trazemos inúmeros benefícios para a mãe e a criança, considerando que a nutrição por meio da amamentação a protege contra uma série de doenças evitáveis com esse ato de amor entre mãe e bebê”, diz.

Leite materno

É recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que os bebês recebam leite materno exclusivo até o sexto mês de vida e, associado à alimentação complementar saudável, até os dois anos ou mais. Isso porque o leite materno transmite anticorpos e nutrientes essenciais para os bebês, considerando que metade dos casos de diarreia e um terço das infecções respiratórias em crianças seriam evitadas com o leite materno. Também seria possível evitar 72% e 57% das internações hospitalares provenientes dessas doenças.