Política
Educadores de Palmas participam de audiência pública sobre segurança nas escolas
Educadores da rede municipal de ensino de Palmas foram representados pela secretária da Educação da Capital, professora Fátima Sena, em audiência pública sobre a violência nas escolas e creches do Tocantins, realizada na manhã desta quinta-feira, 4, na Assembleia Legislativa do Estado (AL-TO). O evento aconteceu por meio de requerimento de autoria do deputado Eduardo Mantoan (PSDB) e contou com a participação de representantes do Judiciário, das Forças de Segurança, lideranças políticas, sindicatos e conselhos ligados à educação, além de integrantes de igrejas e a comunidade escolar.
O debate foi conduzido pelo deputado estadual Júnior Geo, que é membro da Comissão de Educação, Cultura e Desporto no Plenário da Assembleia. No decorrer da audiência pública, a segurança e a violência no ambiente escolar e as medidas de proteção aos alunos e profissionais da educação, foram discutidas e elencadas pelas autoridades e representantes da sociedade civil.
O deputado Mantoan apresentou dados sobre a incidência de ocorrências dos casos de violência no País e também no Tocantins, chamando a atenção para o crescente número dos episódios em escolas. “Estamos reunidos hoje para debater o atual cenário de insegurança causado pelos últimos ataques em escolas no Brasil, e tentar entender quais possíveis causas. Buscar soluções de forma conjunta e sair com medidas pontuadas para a prevenção por parte dos agentes públicos”, explicou o parlamentar.
Convidada a compartilhar sobre como a rede de ensino de Palmas tem atuado para prevenir atos de violências nas unidades educacionais, a secretária da Educação, professora Fátima Sena, detalhou várias medidas que já faziam parte do cotidiano das escolas, como o monitoramento por câmeras dos espaços de ensino, vigias que fazem a segurança nas 78 unidades de ensino, apoio das rondas escolares realizadas por agentes de segurança, orientação aos alunos por meio de palestras e rodas de conversas, entre outras. “Mesmo sabendo que nas nossas escolas o cuidado com a segurança já é uma premissa, foi necessário convidar as forças de seguranças para que em conjunto e com apoio de especialistas, pudéssemos traçar um plano de ação específico para prevenir e auxiliar as unidades educacionais neste momento atípico”, citou, reforçando que a gestão municipal tem se empenhado em buscar as melhores soluções.
Durante as discussões, o titular da Promotoria de Justiça Regional da Educação, o promotor de Justiça Benedicto Guedes, destacou a audiência como mais um momento para ouvir as pessoas que trabalham e atuam na educação e segurança pública. “Vamos pensar em soluções em conjunto. São problemas sociais que precisam ser tratados e para isso é fundamental a união da família, da escola e dos órgãos de proteção. Sabemos que é um momento de grandes desafios, mas vamos estabelecer essa rede articulada, de mãos dadas, oferecendo experiências e sugestões capazes de solucionar os possíveis problemas”, falou.
Representando o governador Wanderlei Barbosa, o secretário da Segurança Pública do Tocantins, Wlademir Mota Oliveira, reforçou a preocupação do Governo do Estado em manter ações contínuas de prevenção a possíveis atos de violência e evidenciou o trabalho efetivo das forças de segurança em todo o Estado. “As forças de segurança estão agindo, os serviços de inteligência estão trabalhando, mas precisamos do apoio de todos, principalmente das famílias. É com a união de esforços que vamos conseguir manter nossas crianças e adolescentes seguros”, disse o secretário.
A diretora da Escola de Tempo Integral Olga Benário, Cândida Massugossa, corroborou sobre o trabalho desafiador que os educadores têm ao lidar no dia a dia com situações diversas vividas pelos alunos que refletem nos comportamentos dentro das escolas. “Sabemos bem que não é apenas com reforço de segurança que vamos acabar com essas situações de violência nas escolas. É com amor, amor de várias formas: acolhimento, atenção, consideração, união e participação da família. A responsabilidade é de todos nós, não só da escola. É o sentimento de amor e o cuidado com os nossos alunos que nos move a combater a violência, desenvolvendo a consciência de paz”, avaliou a educadora.
Texto: Redeção / Semed
Edição: Redação / Secom