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Cidades

Pessoas com deficiência são vítimas de ataques de ódio nas redes sociais

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irmãs Tamyres e Laryssa Marcondes

 

Por Fantástico

Sabe para quem essas frases, carregadas de preconceito, foram ditas? Para uma criança de 3 anos com síndrome de down, para duas jovens que são irmãs e têm uma síndrome rara e para uma mulher que usa cadeira de rodas. Foram mensagens deixadas nas redes sociais dessas pessoas.

Parece mentira, né? Mas isso existe: preconceito contra pessoas com deficiência, tema da reportagem especial do Fantástico deste domingo (6).

A criança com síndrome de Down vítima de ataques nas redes sociais é Pepo, de São Paulo. Nossa equipe conversou com os pais do menino, que, após uma tentativa de diálogo, resolveram expor as mensagens recebidas aos seguidores da página que eles criaram após o nascimento do filho.

“Acho que o maior medo dos pais – independentemente se eles têm filho com deficiência ou não – é o preconceito. Não é possível que alguém ofenda – uma criança ainda – e sem motivo nenhum”, lamenta a mãe de Pepo, a empreendedora social Marina Zylberstajn.

 

A mãe das irmãs Tamyres e Laryssa Marcondes, de 19 e 21 anos, moradoras de Caieiras (SP), nasceram com uma síndrome rara que afeta os ossos do rosto.

“Você vê sua filha sofrendo e você quer entrar na frente, brigar por elas, entendeu?”, relembra a mãe delas, Ana Paula Marcondes.

Assim como as irmãs, Leandrinha Duarte, de 26 anos, moradora de Minas Gerais, também tem uma deficiência; precisa usar cadeira de rodas. Há nove anos, ela criou sua primeira rede social, para falar sobre sexualidade, e diz que convive sempre com ofensas.

“Um corpo torto, aleijado, um corpo trans e um corpo empoderado. Eu não conheço nenhuma pessoa com deficiência que ocupe as redes sociais que não seja atacada. Nenhuma.”
— Leandrinha duarte, pessoa com deficiência

É importante destacar: esse tipo de mensagem é crime e está previsto na Lei Brasileira de Inclusão.

Um levantamento feito pelo Fantástico aponta que só a polícia de 11 estados brasileiros e do DF tem algum tipo de atendimento voltado especificamente às pessoas com deficiência. No entanto, o boletim de ocorrência de discriminação pode ser feito em qualquer distrito.

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