Cidades
Saúde investiga primeiros casos possíveis de sarampo
São investigados dois casos da doença, um em Palmas e outro em Araguaína; Estado reforça a importância da vacinação para evitar o surgimento de novos casos
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) e secretarias municipais de Saúde estão em alerta para a reintrodução do vírus do sarampo no Tocantins, que desde o ano 2000 não registra nenhum caso da doença. A preocupação é em virtude de dois casos suspeitos na cidade de Palmas e de Araguaína.
Segundo dados recentes do Ministério da Saúde, de 2018 até agora, existe um registro de epidemia no estado do Amazonas, com 9.803 casos confirmados; Pará, com 62 casos; Bahia, com três casos; e Distrito Federal, com um registro, todos estados próximos ao Tocantins. No mesmo período, também foram confirmados 12 óbitos por sarampo no Brasil.
A técnica de Doenças Imunopreveníveis da SES/TO, Eliana Ribeiro Oliveira, afirmou que a vacina tríplice viral, utilizada para imunização do sarampo, caxumba e rubéola, é a forma mais eficaz de se prevenir contra estas doenças. “A tríplice viral está dentro do calendário básico de vacinação, sendo aplicada em crianças com 12 meses, adultos jovens até 29 anos e também na faixa etária de 30 a 49 anos. A vacina é gratuita, disponível em todas as unidades básicas de saúde, e todos podem ter acesso a esta vacina em algum período da vida, facilitando a possibilidade de imunização. A preocupação do Estado está na falta de interesse da população, uma vez que a baixa procura está deixando a população vulnerável ao vírus”, explicou Eliana.
No Tocantins, a cobertura vacinal da tríplice viral em 2018 foi de 83,24%, sendo que o mínimo necessário seria de 95% da população alvo. Eliana informa ainda que o Estado está em constante contato com os municípios para reforçar a busca ativa dos faltosos, principalmente crianças de 1 ano.
A doença
O sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda (manchas na pele), altamente transmissível e contagiosa, que pode evoluir com complicações e levar ao óbito. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema.