Cidades
Prefeitura presta contas dos recursos investidos na saúde no segundo quadrimestre de 2018
Os números foram apresentados na manhã desta quarta-feira, 26, durante a Audiência de Prestação de Contas na Câmara Municipal de Palmas
Com uma cobertura de 100% na Atenção Básica, a Capital do Tocantins tem aumentado o número de consultas ofertadas aos cidadãos palmenses. Num comparativo entre o segundo quadrimestre de 2018 e o mesmo período de 2017, que compreende os meses de maio a agosto de cada ano, os Centros de Saúde da Comunidade realizaram mais de 106 mil consultas médicas (em 2017 foram 91,4 mil), mais de 54,6 mil consultas de enfermagem (em 2017 foram 30,9 mil) e mais de 21 mil consultas com cirurgião dentista (em 2017 foram 17,1 mil).
Os números foram apresentados na manhã desta quarta-feira, 26, durante a Audiência de Prestação de Contas na Câmara Municipal de Palmas, que contou com a presença do secretário de Saúde, Daniel Borini, da promotora do Ministério Público Estadual, Maria Rosely Pery, do defensor público Daniel Silva, vereadores, membros do Conselho Municipal de Saúde e sociedade civil organizada.
“Apenas três capitais brasileiras têm 100% de cobertura nos serviços básicos: Palmas, Teresina e Belo Horizonte. E aqui temos servidores comprometidos em fazer o seu melhor, porque a faculdade não nos prepara para trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS), mas esse é o destino de boa parte dos profissionais que buscam formação na área de saúde. E a realidade do SUS é diferente por isso, a necessidade de se investir em educação permanente para qualificar esses servidores”, ressaltou o secretário que também é servidor de carreira do Município.
O secretário informou que atualmente, através dos programas de residências oferecidos pela Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp), a rede municipal conta com 186 profissionais residentes, 70 preceptores e tutores, desenvolvendo 198 projetos/pesquisas no âmbito do SUS municipal.
Borini destacou ainda que entre os meses de maio a agosto deste ano foram quase 20 mil consultas com especialistas, sendo a maior demanda para as áreas de cirurgia geral (2.355 consultas), dermatologia (1.880 consultas) e cardiologia (1.863 consultas). “Algumas especialidades nós não dispomos como pneumopediatria, nefropediatria e alergistas, tanto adulto como infantil. Já tentamos credenciar esses profissionais, abrimos edital de seleção, fizemos requerimento administrativo porém, sem sucesso. Agora estamos negociando com o Estado para que dispõe desses especialistas, para que eles possam atender os pacientes do município”, explicou.
Sobre os recursos investidos no segundo quadrimestre de 2018, Borini apontou que as despesas foram de R$ 66,8 milhões, dos quais 48,75% foram arcadas pelo Município (mais de R$ 32,5 milhões), 46,23% oriundos de recursos federais (mais de R$ 30,8 milhões), 4,51% do Estado (pouco mais de R$ 3 milhões) e 0,51% dos recursos do Petróleo – FEP (R$ 343,6 mil). “O município ainda é maior financiador do SUS municipal e embora pareça haver um certo equilíbrio nos recursos oriundos do Governo Federal, é importante ressaltar que ele vem diminuindo e a tendência é diminuir mais no próximo ano”, ressaltou.
Após a explanação, o secretário respondeu a todos os questionamentos e dúvidas sobre filas de espera para consultas e exames, falta de insumos e medicamentos, frustração de receitas e quanto à necessidade de alocar mais recursos para a saúde municipal. “Esperávamos uma arrecadação maior, mas houve frustração de receitas. Com isso, estamos em tratativa com a Secretaria Municipal de Finanças para alocar mais recursos para a saúde e estamos fazendo ajustes internos para reduzir gastos, revisando contratos de prestação de serviços e bolsas de pesquisas, para assim, regularizar a situação e honrar todos os compromissos assumidos”, ponderou.