Cidades
Palmas: Cordel, música e orientações para relembrar os 13 anos da Lei Maria da Penha
A Defensoria Pública em Palmas recebeu os assistidos na manhã desta quarta-feira, 07, com a ação Defensoria em Cordel
Os assistidos da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) foram recebidos na manhã desta quarta-feira, 07, na sede da instituição em Palmas, com cordel, música, orientações sobre defesa e proteção à mulher, bate-papo e muito carinho. A ação recebeu o nome de Defensoria em Cordel, uma apresentação da 2ª Defensoria em alusão à Lei Maria da Penha, que celebra nesta data 13 anos de história.
“A Lei Maria da Penha está em pleno vigor. Não veio para prender homem. Mas pra punir agressor. Pois em mulher não se bate, nem mesmo com uma flor…” Estes e outros versos do cordel “A Lei Maria da Penha”, escrita pelo poeta e músico Tião Simpatia, foram recitados na ação por membros e servidores da DPE-TO que circularam nos principais corredores de atendimento da instituição.
Os assistidos também participaram da atividade em defesa à não violência e recitaram trechos da cordel. O armador José Augusto Andreis foi um dos que topou participar e gostou de se envolver na iniciativa da DPE-TO. “Quem bom que vocês se colocaram a disposição de pregar essa mensagem contra a violência doméstica e se deixaram ser instrumento de trabalho para assegurar o direito de cada mulher”, considerou José Augusto, durante atendimento na triagem, na recepção da Defensoria.
A equipe apresentou, ainda, para os assistidos a canção “Quem ama abraça”, hit de campanha nacional em alusão à Lei Maria da Penha, que prega como mensagem que “Quem ama ajuda. Quem ama agrada. Dá carinho e dá valor. Quem ama cuida. Quem ama abraça. Não maltrata o seu amor.”
A dona de casa Rosieide Pinto da Silva aprendeu rapidamente os versos da canção e interpretou junto aos servidores não só a música contra a violência doméstica como também um dos trechos do cordel. Ela também parabenizou a equipe pela iniciativa. “Todo mundo tem a sua vida e o seu tempo contado, limitado. Às vezes vocês nem estão recebendo o suficiente para se dedicar a nós nesse momento. Mas eu quero dizer que isso aqui vale ouro, isso é amor, se doar, se preocupar com o seu próximo”, declarou a assistida da Central de Atendimento à Família (CAF).
Orientações
O “Defensoria em Cordel” contou com a participação das defensoras públicas Vanda Sueli Machado, da 2ª Defensoria da Mulher, e Franciana Di Fátima, coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), que levaram orientação aos homens e mulheres atendidos sobre a necessidade de se lutar contra a violência doméstica.
A defensora pública Vanda Sueli Machado lembrou que, diariamente, estão nos noticiários dados alarmantes do contexto de violência. “Cabe a nós transformar tanto ódio em amor. “Se a gente se colocar no lugar do outro, podemos sim romper com a violência. Temos que nos incomodar com a violência, denunciar toda e qualquer forma de agressão e, cabe a nós, enquanto cidadãos, lutar pelo fim da violência”, disse Vanda Sueli, que aproveitou o momento para falar dos canais de atendimento em casos de violência doméstica, como o Disque 180 e o atendimento na Defensoria Pública.
Outro ponto destacado pela defensora pública foi a importância da educação dos filhos para que aprendam sobre a igualdade social e que não se pode bater em mulher, educando os meninos a respeitarem as mulheres e as meninas para que elas se imponham, não aceitem a submissão e sejam independentes. “Há um conto de fadas que impõem que as meninas devem apenas lavar, passar e cozinhar, mas elas devem trabalhar no mesmo nível. As mulheres podem jogar futebol e os homens podem sim chorar”, complementou.
A defensora pública Franciana Di Fátima lembrou a importância da Lei Maria da Penha para romper com o ciclo da violência e de atividades como estas para gerar reflexão. “Com amor a gente resolve muita coisa. Quando o homem passa a lidar melhor com os seus sentimentos, ele não se torna um agressor. Que vocês possam aproveitar esse momento que tem o objetivo de gerar reflexão”, concluiu a defensora pública.
Os assistidos não só ouviram às atividades e orientações como também participaram ativamente tirando dúvidas sobre questões relacionadas à violência doméstica. A ação contou com o apoio dos servidores Cleiton Silva, Ana Cláudia Moura Figueiredo, Tainara Alves, Catarina Lopes, Agripino Lacerda e Marcelo Werneck.
No período da tarde, a ação aconteceu no anexo da instituição na Capital.