Brasil
Internacional: Confrontos na fronteira com a Venezuela deixam 2 mortos e 15 feridos
Sete venezuelanos são atendidos em Roraima
O dia começou tenso e com confrontos entre militares e manifestantes na fronteira do Brasil com a Venezuela, que foi fechada por ordem do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. De acordo com parlamentares, duas pessoas morreram e 15 ficaram feridas. Pelo menos sete venezuelanos feridos tentavam cruzar a fronteira e foram conduzidos para hospitais em Boa Vista, Roraima. As vítimas são indígenas, segundo parlamentares e organizações não-governamentais.
O conflito, segundo relatos, ocorreu a 60 quilômetros da fronteira onde há uma comunidade indígena da etnia Pemon, favorável à ajuda humanitária internacional. Como os indígenas tentaram desobstruir a via, impedida pelos militares venezuelanos, os confrontos começaram.
Mortos
Em sua conta no twitter, o deputado federal Americo de Grazia, apoiador do autoproclamado presidente da República, deputado Juan Guaidó, divulgou que dois índios morreram e 15 ficaram feridos durante o enfrentamento com tropas das Forças Armadas, na cidade de Gran Sabana, em Bolívar, próximo à fronteira com o Brasil.
De acordo com a associação civil Kapé Kapé, os cinco feridos são indígenas da comunidade de Kumarakapay. As duas vítimas fatais são identificadas como Zoraida García e Rolando García, que a associação afirma terem sido atingidos por tiros disparados por agentes da Guarda Nacional venezuelana.
“Sem qualquer mediação, os funcionários da Guarda Nacional abriram fogo contra um grupo indígena que tentava impedir a passagem dos militares a fim de garantir a chegada da ajuda humanitária enviada à fronteira com o Brasil”, informa a Kapé Kapé em seu site, pedindo que os fatos sejam investigados a fundo a fim de que os responsáveis pelos disparos sejam identificados.
Justificativa
O autoproclamado presidente Juan Guaidó também usou o microblog para se solidarizar com os parentes dos dois mortos e com os feridos. O deputado também cobrou um posicionamento dos militares venezuelanos.
“Decidam de que lado estão nesta hora definitiva. A todos os militares: entre hoje e amanhã, vocês definirão como querem ser lembrados. Já sabemos que estão com o povo, vocês deixaram isso muito claro. Amanhã, poderão demonstrar isso”, disse Guaidó, referindo-se à previsão de que a ajuda humanitária enviada à fronteira com o Brasil comece a ser distribuída à população venezuelana neste sábado (23).
EBC