Cidades
Alunos da Escola Beatriz Rodrigues estão distantes, mas conectados aos estudos
Com atividades on-line, alunos se adaptam à nova rotina de atividades em casa
O recesso escolar que já dura mais de 30 dias e foi imposto pela necessidade de se conter a expansão do coronavírus (Covid-19) na Capital impõe também uma nova realidade para milhares de estudantes da Rede Municipal de Ensino que estão impedidos de ir à escola para dar continuidade a seus estudos. E é nessas horas que a gente precisa se reinventar e aproveitar o tempo ‘livre’ da melhor forma possível, já que a orientação é para que cada pessoa #FiqueBemEmCasa.
Para colocar isso em prática e ajudar seus alunos a passarem pela quarentena com uma rotina mínima de estudos, é que a Escola Municipal Beatriz Rodrigues da Silva decidiu aproveitar o tempo livre dos alunos em casa para fortalecer os estudos e interagir com os seus professores e equipe diretiva, além de criar um ambiente confortável para o retorno das atividades.
A ferramenta escolhida para essa mediação foi o aplicativo WhatsApp que as turmas dos anos finais já utilizavam como meio de interação e aprendizado nas disciplinas de português e matemática e foi expandido para as demais áreas do conhecimento, após a paralisação das aulas por causa da Covid-19. A diretora da unidade escolar, Michelle Morais, conta que com a suspensão das aulas a equipe pedagógica ampliou o contato pelo aplicativo para as demais turmas do 4º ao 9º ano criando assim uma linha de transmissão onde são enviadas ao celular dos pais as atividades que deverão ser desenvolvidas durante a semana, vídeos explicativos, gabaritos das atividades e também PDFs de livros paradidáticos, dando sequência ao projeto de leitura já desenvolvido pela escola.
Ao enviarem as atividades, os professores sugerem um prazo para a conclusão e resposta. Posteriormente, os alunos enviam fotos ou vídeos com uma síntese de tudo que fizeram naquela semana, diretamente para o WhatsApp do professor ou da supervisão escolar. “O objetivo principal dessa ação é apoiar os alunos e não deixá-los ociosos durante esse tempo em casa. Os grupos de hoje funcionam como um canal de comunicação entre a escola e os alunos. Muito mais do que transmissão de conhecimento, acredito que é uma forma de acalmar nossos alunos e dizer que estamos juntos, que tudo isso vai passar e voltaremos a nossa rotina escolar em breve”, afirma a gestora.
A professora de Língua Portuguesa, Graça Alves, afirma que as ferramentas de mídia social já eram utilizadas pela escola para mediar o aprendizado dos alunos, mas foram ampliadas em época de pandemia visando fortalecer o ensino e aprendizagem mesmo fora da sala de aula. “Anteriormente, cada professor estabelecia contato em grupos separados de acordo com a sua disciplina, no entanto, com a situação vigente, a direção da escola criou um grupo único para cada turma com a participação de todos os educadores. Neste espaço, com o intuito de assistir os nossos alunos em casa, combinamos que, cada professor, na segunda-feira, postaria uma atividade envolvendo objetos de conhecimento já trabalhados em sala de aula”, conta.
Para Karyne Pereira Lima, aluna do 7º ano, a escola tem feito sim a sua parte e contribuído para que possam enfrentar esse isolamento social sem se afastarem da rotina escolar. “Temos grupos de WhatsApp com o contato de todos os professores, coordenadores e da diretora, Michelle Morais, que tem feito o possível para nos deixar mais informados. Nesses grupos, toda segunda-feira recebemos atividades de todas as matérias, com prazo de entrega, recebemos também livros de leitura, vídeo aulas, atualizações e precauções sobre esta pandemia”.
Selma Nascimento da Silva, mãe do aluno Gabriel Nascimento da Silva, diz que nesse momento em que devemos ter a preocupação de zelar pela saúde dos filhos, a escola Beatriz Rodrigues tem contribuído para manter o filho focado nos estudos. “Aqui em casa as atividades recebidas são feitas dentro do horário que ele frequentaria a aula presencial. Agradeço o apoio de todos os professores que têm sido importantes para o bem-estar e aprendizagem dos nossos filhos”, concluiu.