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Adolescentes produzem móveis em paletes na Unidade de Semiliberdade Masculina de Gurupi

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Adolescente em cumprimento de medida socioeducativa produz móveis utilizando palete.

O projeto “Construindo o amanhã” desenvolvido pelos profissionais da socioeducação da Unidade de Semiliberdade (USL) masculina de Gurupi tem ensinado o ofício do artesanato e da carpintaria aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. O projeto foi iniciado em dezembro de 2018 e tem possibilitado que adolescentes e socioeducadores fabriquem juntos móveis em paletes.

Tendência mundial, a produção de móveis em paletes segue a filosofia do DIY, que é a sigla da expressão em inglês Do It Yourself, que significa “Faça Você Mesmo”, na tradução para a língua portuguesa. O chefe da unidade, Ricardo Figueiredo explica que o projeto tem o intuito de aumentar e reforçar a autoestima dos adolescentes. “Quando pensamos na implantação do projeto, queríamos aproveitar os talentos dos adolescentes de uma forma positiva, estimulando suas habilidades”, recorda.

O executor do projeto, Misael Alencar e a pedagoga da unidade Clecyane Alves Batista esclarecem que o objetivo é integrar o adolescente em todas as fases de execução do projeto. “Eles participam desde a concepção do tipo móvel, do desenvolvimento do projeto, até a finalização de fato. Já produzimos cômodas e hacks, por exemplo, que são utilizados por eles nos alojamentos”, explicou Misael.

Os insumos são fruto de uma parceria entre os empresário e supermercados locais, o que melhora a questão da limpeza urbana com a reciclagem e desenvolve a consciência ambiental com o uso sustentável. Uma outra característica da prática do “faça você mesmo” é a melhora comportamental, como explica a terapeuta ocupacional, Marina Villa Real Sidião, do Centro de Internação Provisória (Ceip) masculina de Palmas. “A terapia ocupacional trabalha os aspectos psicológicos, pois os níveis de estresse podem ser melhorados por meio de atividades práticas”, esclarece.

O chefe da unidade frisa que é importante a participação da sociedade, empresas e profissionais da socioeducação que são corresponsáveis nas ações que fomentam o desenvolvimento social do adolescente. “Colaborar com este tipo de ação fortalece os vínculos entre adolescente e sociedade, além de possuir também um caráter pedagógico, enriquecendo o processo de ressocialização”, afirma Ricardo.

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