Cidades
Projeto Germinar fala sobre reprodução do milho na ETI Eurídice Ferreira de Melo
Lavoura plantada pelos próprios alunos serve de laboratório; colheita está prevista para início de março
Uma aula de campo realizada na manhã desta quarta-feira, 7, na Escola de Tempo Integral (ETI) Eurídice Ferreira de Melo, trouxe para os alunos do 9º ano, as informações básicas acerca do processo de reprodução da cultura do milho, usando como laboratório o cultivo feito na área adjacente à escola.
Tendo como base a disciplina de biologia, de forma multidisciplinar também foram abordados conhecimentos de matemática, calculando o tempo entre as diversas fases da cultura e a previsão de produtividade; química, quando se aborda os nutrientes da planta e a composição do solo; língua portuguesa, enriquecendo o vocabulário dos alunos com termos específicos e técnicos; e ainda economia, com debate sobre os motivos do Brasil ser o segundo produtor mundial de milho mesmo tendo todas as condições naturais favoráveis.
De forma prática, foi explicado que o milho tem os dois aparelhos reprodutores na mesma planta. O grão de pólen fica no pendão. Quando ele se abre, forma-se o famoso cabelo do milho, que irá fecundar a espiga. “Embora sejam os insetos os maiores reprodutores para quase todas as plantas, no milho é o vento quem poliniza 95% dos grãos”, explicou o técnico do Germinar, Bomfim dos Reis.
Estagiário de zootecnia do Germinar, Bruno Carvalho abordou os cuidados que a cultura deve receber dependendo do seu destino. Para consumo humano, o tempo para a colheita é menor. Quando é destinado à ração animal, a espiga já deve estar madura. “No processo de silagem para alimentação de animal em períodos de falta de pasto aproveita-se toda a planta, espigas e folhagem”, explicou.
Atenta às explicações, Kauanny Sena acompanhava tudo na linha de frente. Ela afirma que aprendeu fatos como os riscos de perda na agricultura, as melhores condições de solo para o plantio e a possibilidade de intervenção humana na natureza, como no caso da reprodução cruzada. “Com um saquinho é possível levar os genes masculinos de uma planta para fecundar os femininos de outra, selecionando as características da nova planta. Isto é uma novidade fascinante pelas possibilidades que nos apresenta”, disse.
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