Cidades
Orações e apresentações de capoeira e rap marcam o Dia Nacional da Consciência Negra em Palmas
Em dois dias de eventos, a comunidade pôde ver a força da cultura afro-brasileira e os desafios enfrentados pelos negros no país
Em ação conjunta da Prefeitura de Palmas com diversos parceiros foi celebrado neste sábado, 20, o Dia Nacional da Consciência Negra. Mas já na sexta-feira, 19, começou a mobilização na cidade, que contou com apresentações de rap, capoeira, danças, orações e palestras sobre a história e as origens da comunidade afro-brasileira.
Muitos moradores do Jardim Taquari compareceram neste sábado, na ação ‘Preto é Poder’, onde acompanharam as apresentações do Mc’s Eduardo Kamikaz e PSK, do grupo ‘Rima Profética’ e do grupo de capoeira ‘Só Angola’, coordenado pelo mestre Matoso.
Conforme a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Patrícia Amaral, a programação em alusão ao Dia da Consciência Negra valoriza a cultura e as personalidades negras que marcaram a história da nossa nação. “O dia 20 de novembro é uma data de reflexão para pensarmos que todos nós brasileiros devemos buscar viver com dignidade e respeito, buscando a plena igualdade de direitos”, destacou.
A gerente de Igualdade Racial da Sedes, Maria da Balsa, lembrou que “todos os dias, os palmenses devem buscar viver com dignidade, respeito, sabedoria e humildade, além de lutar contra qualquer tipo de preconceito e atitudes racistas”, defendeu.
Já na região central da Capital, no Parque da Pessoa Idosa Francisco Xavier de Oliveira, aconteceu o evento Axé e Consciência promovido pela Federação das Casas de Culto de Matriz Afro Brasileira do Tocantins (Feccamto).
Pai Lusivaldo do Terecô fez um pedido aos líderes religiosos presentes no evento. “Eu peço que nunca desistam de sua religiosidade, nem desanimem ou abandonem sua cultura. Busquem aprender cada dia mais e praticar o respeito e a união com seus irmãos”, disse.
A representante do Candomblé Iya Isa do Omo Layê Loyá Silé ressaltou que a união entre todas as casas religiosas de Matriz afro-brasileira é o único caminho para fortalecê-las e quebrar os preconceitos. “Temos que buscar conquistar nosso espaço e o respeito de nossos irmãos de todas as crenças e religiões”, finalizou.
Os eventos contaram com a parceria da Central Única das Favelas (Cufa-Tocantins) e da Universidade do Tocantins (Unitins).