Cidades
Anuário Brasileiro da Segurança Pública de 2020 mostra criminalidade em queda no Tocantins
Documento é um retrato da segurança pública no País e foi publicado nesta segunda-feira, 19
Publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) nessa segunda-feira, 19, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020 apresenta, a partir de informações dos órgãos estaduais de segurança pública, um retrato das questões afetas à segurança pública no País. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-TO) reafirma a importância do levantamento do Fórum e avalia os indicadores do Tocantins como relevantes, pois na maioria deles o Estado apresentou redução. Conforme o titular da SSP-TO, secretário Cristiano Barbosa Sampaio, os decréscimos observados estão diretamente relacionados à implementação do Plano Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Pesse). Lançado em 2019, o Pesse foi elaborado de forma integrada e conta com ações que serão executadas no período de 10 anos.
O secretário Cristiano Sampaio reforça que há indicadores que não são satisfatórios, mas que o Governo do Tocantins está empenhado em transformá-los. Por isso, desde 2019, a Segurança Pública do Estado tem recebido investimentos (equipamentos, capacitação e melhores condições de trabalho) para realizar o enfrentamento da criminalidade e proporcionar maior sensação de segurança à população.
Dos indicadores em decréscimo no Anuário, a Segurança Pública do Tocantins destaca a redução de 30% nos crimes de Latrocínio (roubo seguido de morte); e redução próxima a zero por cento na morte de policiais.
Nos crimes praticados contra mulheres, houve redução de 22,7% dos casos de Feminicídio; e redução de 2,2% nos casos de Lesão Corporal contra Mulheres. As ameaças também tiveram queda de 19,1% e os estupros de 6,5%. Também houve queda de 10% do número de ligações no 190 para comunicar Violência Doméstica. O Anuário registrou ainda redução de 13,4% de Estupro de Vulnerável.
Nas Mortes Violentas Letais, o Estado apresentou redução de 7%; e houve redução de 12,3% dos casos de Homicídios Dolosos. Somos o 6° Estado com a menor proporção (4,2%) entre mortes por intervenção e mortes violentas intencionais. Isso significa que nossas forças de segurança estão entre as que menos matam.
Veículos
O Tocantins também conseguiu reduzir o percentual de roubo e furtos de veículos em 12,7%. Também houve queda de 12,6% nos casos de roubos a residências, instituições financeiras, transeuntes e roubos de cargas. No consolidado de roubo à instituição financeira, a redução foi de 74,9%.
A posse e o uso de drogas também obtiveram redução de 14,4%. O mesmo ocorreu com pessoas de desaparecidas, cuja redução foi de 15,2%.
Palmas
Na Capital Palmas, os dados também demonstram queda na criminalidade. Houve redução de 9,9% dos casos de Homicídios Dolosos; redução de 15,1% dos casos de estupro, o que colocou Palmas como a terceira capital com menor índice de estupros do País. E queda também nos casos de Roubos e Furtos de Veículos, com redução de 9,4%.
Desafios e ajustes
O Anuário também trouxe indicadores que demonstram os desafios que a Segurança Pública do Tocantins ainda deve superar. Entre eles, está a taxa de Mortes Violentas Intencionais de Crianças e Adolescentes, sendo que a nossa variação foi de 3 a 4,6 por 100 mil habitantes.
Outro dado é a mortalidade policial. O Anuário demonstra aumento de 609,9%. A Segurança Pública ressalta, contudo, que o Tocantins registrou apenas uma morte em 2018. Por isso, acredita que colocar um percentual de aumento desse tamanho para um cenário tão insignificante não contribui em nada com o debate público. Situação semelhante ocorre com os dados sobre Suicídio de Policiais, cujo aumento foi de 102,8%. Este percentual não reflete os números absolutos, uma vez que o Tocantins registrou aumento de uma para duas mortes dessa natureza.
Outro indicador que necessita de ajuste é a Letalidade Policial. O Anuário mostra aumento de 40%. Nesses casos, o Tocantins está na média e abaixo de outros Estados, onde houve aumento de mais de 80%. Ressaltamos também que, no caso do Tocantins, não é correto falar em aumento percentual, visto que o Estado registrou sete ocorrências, valor estatisticamente inválido para análises comparativas.