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“Violentômetro” alerta mulheres sobre níveis de agressão e violência

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“Violentômetro” alerta mulheres sobre níveis de agressão e violência

Atitudes que inicialmente podem parecer inofensivas, como fazer piadas, mentir, ofender ou ridicularizar a mulher, podem culminar em fins trágicos, como o feminicídio. Como forma de prevenção e alerta às mulheres, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio da Diretoria de Direitos Humanos e da Gerência de Políticas para as Mulheres, desenvolve a Campanha Violentômetro, com um termômetro que alerta para 28 níveis de agressão e violência.

O material informativo, composto por cartazes, flyers e marcadores de páginas, será distribuído em blitzen, universidades e faculdades, feiras e bares, entre outros, nesta quinta e sexta-feira, dias 20 e 21. A ação contará com a participação de profissionais das Delegacias Especializadas de Atendimento em Atendimento á Mulher (DEAM) e as blitzen realizadas com a presença de agentes do Sistema Penitenciário e policiais militares (PMs).

O “Violentômetro” começa no nível amarelo, seguido dos níveis laranja e vermelho, que simbolizam os graus de agressões. O primeiro nível, Cuidado, é um alerta para as ações naturalizadas dentro de uma relação, lembrando que pequenas violências podem aumentar. O segundo nível, Reaja, expõe ações como as carícias agressivas, empurrões e danos a objetos pessoais, incentivando que a mulher busque ajuda e informações junto a familiares e amigos para que a violência não se eleve. O terceiro e último nível é o Denuncie, que expõe todas as mais graves formas de agressões, incluindo o assassinato.

De acordo com Sibele Letícia Biazotto, diretora dos Direitos Humanos da Seciju, no termômetro da violência são listadas manifestações implícitas e explícitas, algumas delas, infelizmente, vistas como naturais no cotidiano da mulher e da sociedade. “Quanto mais cedo estivermos atentos contra as agressões, melhor. Na maioria das vezes, a violência começa com sinais muito leves”, explica.

Para Sabrina Ribeiro de Santana, gerente de Políticas para as Mulheres, a fase de identificação e prevenção de comportamentos violentos é a mais importante. “Para que não chegue aos extremos, é preciso conscientizar as pessoas para estes comportamentos violentos desde seus primeiros registros, impedindo que eles ocorram ou que continuem acontecendo”, esclarece.

Estatísticas

Dados estatísticos da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) mostram que os números são elevados e preocupantes, lembrando que se referem somente às aqueles casos cujas ocorrências foram formalizadas em delegacias.
Em 2017, entre os crimes mais graves foram registrados 14 homicídios dolosos (quem praticou teve a intenção de matar), 19 tentativas de homicídios, 608 lesões corporais dolosas, 1.423 ameaças, 181 estupros e 24 tentativas de estupros. Já em 2018, dados parciais até o momento, foram registrados cinco homicídios dolosos, 12 tentativas de homicídios, 430 lesões corporais dolosas, 1.238 ameaças, 168 estupros e 12 tentativas de estupros.

De acordo com o secretário da Cidadania e Justiça, Heber Fidelis, a Campanha Violentômetro acontece neste momento, em virtude dos últimos graves crimes praticados contra as mulheres no Tocantins. “É um alerta às mulheres, pois sabemos que muitas vivem no silêncio devido à situação de dependências dos companheiros ou temendo que ao denunciarem, algo mais grave possa lhes acontecer. Mas, vale lembrar, também, que tais agressões se configuram em crimes, passiveis de punições penais”, analisa.

Cronograma da Campanha

Dia 20/09

8h30 – Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra)

Faculdade Serra do Carmo

Faculdade Católica do Tocantins

10 horas – Faculdade de Palmas – Fapal

Supermercado Extra Palmas

19 horas – Feira da 1102 Sul

20 horas – Avenida Palmas Brasil

Dia 21/09

9 horas – Avenida Tocantins Taquaralto

17 horas – Blitzen JK (em frente ao Banco do Brasil)

18 horas – Feira da 304 Sul

21 horas – Bar Repertório, região Centro

Bar Palmas 50ºC

Bar Cumpadi Zé

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