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Cidades

Reeducando da Cadeia Pública de Paranã utiliza habilidades de cabeleireiro para remir pena por trabalho

O reeducando se candidatou há cerca de setes meses para a realização das atividades e desde então, corta os cabelos dos demais apenados semanalmente.

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O trabalho é uma ferramenta ressocializadora, garantido na Lei de Execução Penal, como direito e dever dos reeducandos, por tratar-se de uma atividade educativa e produtiva, que contribui para o desenvolvimento da pessoa privada de liberdade. Pensando nisso, a Cadeia Pública de Paranã, incentiva a atividade desenvolvida por um dos reeducandos da unidade, que é responsável pelo corte de cabelo dos demais apenados e é beneficiado com remição da pena por trabalho.

O trabalho é desenvolvido semanalmente, durante as terças-feiras, com intuito de colaborar com a higiene e boa aparência das 45 pessoas privadas de liberdade que estão na unidade e com a integração no ambiente carcerário. Para a realização das atividades, o reeducando passou por testes em relação à qualidade dos cortes, além disso, a ação é realizada com supervisão de agentes de Execução Penal da própria unidade. A cada três dias trabalhados ele consegue remir um dia da pena.

O reeducando J.A.P, de 37 anos, que realiza o trabalho de cabeleireiro há cerca de sete meses, explica que aprendeu a atividade cortando o cabelo de pessoas da própria família e que iniciou o trabalho na unidade após os demais reeducandos manifestarem interesse. “Aprendi a executar essa atividade cortando o cabelo dos meus familiares. Já na unidade comecei a cortar o cabelo do meu próprio irmão, dentro da cela, até que os outros também tiveram interesse. Hoje, depois de ser autorizado, faço os cortes de todos da unidade”, contou.

O reeducando também acredita que essa seja uma oportunidade de aprender ainda mais. “Gosto de ver todos com boa aparência, por isso faço esse trabalho. Acredito que essa seja uma boa oportunidade de aprender mais e no futuro trabalhar na área”, disse.

O diretor da Cadeia Pública de Paranã, Alexandre Francisco Alves, afirma que o trabalho desenvolvido contribui para a integração dos reeducandos. “Ele demonstrou interesse e capacidade de realizar esse trabalho e desde então vem contribuindo para seu próprio desenvolvimento, pois isso o auxilia a criar responsabilidade quanto à realização de um trabalho fixo na unidade, além de auxiliar na integração e bem-estar entre dos demais reeducandos, tornando o ambiente mais tranquilo”, afirmou.

Trabalho na unidade

Com objetivo de promover a ressocialização por meio do trabalho, diversas atividades são realizadas por reeducandos na unidade de Paranã, entre elas, a confecção de artesanatos, a prestação de serviços gerais e a manutenção predial, ao todo, as ações beneficiam cerca de 20 pessoas privadas de liberdade. Os reeducandos que atuam nos trabalhos internos tem direito a remição de um dia de pena a cada três dias trabalhados, assim como prevê a Lei de Execução de Penal.

Para o diretor, a promoção de trabalho no ambiente carcerário é uma ferramenta importante para a ressocialização. “O trabalho no processo de ressocialização é favorável em diferentes aspectos, primeiro para a reinserção social, pois o mesmo incentiva o reeducando a se qualificar e estudar, ele também traz aprendizado e uma calmaria para o ambiente carcerário, além disso, contribui para a saúde do apenado e para que o mesmo adquira a remição da pena”, ressaltou Alexandre.

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