Estado
Saúde divulga informações sobre contaminação por agrotóxicos
A Diretoria de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), promoveu na última terça, 16, a divulgação do Cartaz clínico de informações médicas de urgências nas intoxicações por agrotóxicos e da Cartilha para os Agentes Comunitários de Saúde na prevenção das intoxicações por agrotóxicos.
A ação aconteceu durante o encontro estadual do Programa Mais Médicos, realizado no auditório do CUICA na Universidade Federal do Tocantins (UFT) com a presença de gestores municipais e secretários municipal e estadual de Saúde dos 139 municípios tocantinenses.
Segundo a titular da Gerência de Saúde do Trabalhador (GST/CEREST), Magna Leite, “o objetivo da ação foi despertar o olhar clínico dos profissionais da Saúde quanto a importância do diagnostico e identificação precoce dos agravos e doenças relacionadas a exposição humana aos agrotóxicos e também o incentivo pela multiplicação das informações ali adquiridas”, disse.
Dados do Ministério da Saúde, mostram que em 2017 o Tocantins foi o Estado brasileiro com o maior coeficiente de incidência de intoxicação exógena relacionada ao trabalho, com coeficiente 22.7, acima da média nacional de 7.
Em todo o Estado, de acordo com dados da GST/CEREST em 2018, foram registrados 228 casos de trabalhadores agropecuários com contaminação por agrotóxicos, de 2008 a 2018. Os dados também mostram que trabalhadores em funções como empregadas domésticas e agentes de saúde, entre outros, também são atingidos.
Ainda segundo Magna “é importante observar que os dados acima só refletem dados de trabalhadores. Além disso temos contaminação por ingestão de alimentos, água e até mesmo respirar o ar contaminado. De forma geral, tivemos no Tocantins, de 2014 a 2018, 2.301 casos de contaminação por agrotóxicos”, destacou.
Para conscientizar a população e mobilizar os entes competentes, a GST/CEREST tem realizado produção de dados de intoxicação; produção de análises de intoxicação por agrotóxicos; pesquisas sobre o tema em parceria com instituições públicas; ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador (inspeções) focada na exposição ao risco de intoxicação por agrotóxico de trabalhadores e população exposta; ações intrassetoriais e intersetoriais (sindicatos, Federação Agricultura do Estado do Tocantins (FETAET), Conselhos municipais e Estadual de saúde, Secretarias), em vários empreendimentos do agronegócio; capacitações relacionadas ao tema (cursos e oficinas); fomento da rede de atenção no Sistema Único de Saúde (SUS) e, realizando pesquisa no serviço (quatro pesquisas de mestrados realizados na DVAST voltados para o risco da exposição a agrotóxicos dos trabalhadores rurais do Tocantins).