Cidades
Em Paraíso, Setembro Amarelo estimula prevenção do suicídio
Em Paraíso do Tocantins, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, oferta serviços de prevenção durante todo o ano nas unidades de saúde (UBS’s, Policlínica e CAPS)
Setembro é o mês mundial de prevenção do suicídio, também chamado de Setembro Amarelo, traz à tona o assunto que já foi um tabu maior e, que ainda enfrenta grandes dificuldades na identificação de sinais, oferta e busca por ajuda, devido ao preconceito e falta de informação.
Em Paraíso do Tocantins, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, oferta serviços de prevenção durante todo o ano nas unidades de saúde (UBS’s, Policlínica e CAPS). O psicólogo Daniel Viana, na entrevista a seguir, traz dados numéricos do panorama nacional, identifica quais os principais fatores para o suicídio e as formas de prevenção.
Quais são os dados de suicídio no cenário nacional?
Atualmente, no Brasil, o suicídio está entre as três principais causas de mortes; inclusive entre os jovens de 15 a 29 anos. Nesta faixa etária houve um crescimento de mais de 60% nos números de casos. Em média, a cada 40 minutos uma pessoa tira a própria vida, por isso é muito importante falar sobre esse assunto de maneira correta.
Existe uma série de fatores que são recorrentes em casos de suicídio. Quais são eles?
Sim, existem sinais, que as pessoas propensas ao ato, emitem. É importante que, aqueles que estão ao redor, se atentem para falas do tipo: “eu quero sumir”; “eu não aguento mais essa vida”; “quero ficar só”; “saia de perto de mim”; “um dia eu ainda me mato”. Infelizmente, muitos ainda levam essas afirmações na “brincadeira”. Porém o Ministério da Saúde já fez um levantamento onde afirma que em 70% dos casos a pessoa abandona a ideia suicida depois de uma escuta leiga e o número sobe para 90% se a escuta for profissional.
Outros sintomas são: isolamento social, perda do prazer em fazer atividades corriqueiras, não se afetar mais com as situações cotidianas e automutilação.
Existem mitos e tabus em relação ao suicídio?
Sim, são diversos. Não somente em relação ao suicídio mas à depressão também e à própria vinda ao psicólogo. Muitas pessoas tratam as afirmações, que já falamos anteriormente, como frescura, falta de um parceiro, de trabalho e não dão atenção à dor do outro, piorando o estado da pessoa. Além disso, existe o preconceito religioso. Em qualquer caso, a primeira atitude eficaz é estar pronto a ouvir, sem julgamentos.
Quais os recursos disponíveis pelo município?
A rede municipal de saúde coloca à disposição da população psicólogos e psiquiatras. Então, se você detectar alguém com esse problema faça a primeira escuta e, em seguida oriente-a a buscar ajuda profissional nas unidades básicas de saúde para a primeira consulta com um médico e posterior encaminhamento ao psicólogo que dará, então, início ao tratamento. Lembrando que, assim como toda doença, quanto antes for tratada mais eficaz é o resultado.