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Bons exemplos: Histórias em quadrinhos incentivam leitura precoce em Araguaína

Dois advogados contam como as revistinhas ajudaram na alfabetização e sobre as heranças que carregam até hoje

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Incentivados pelas mães professoras, os dois começaram por histórias em quadrinhos e chegaram ao ensino infantil já adiantados

A alfabetização inicia quando a criança começa a demonstrar vontade em aprender. A maturidade desse estágio pode demorar a aparecer, mas o incentivo à leitura pode ser um tornar esse interesse mais forte. Os advogados Ademir Coelho Júnior, 32 anos, e João Antônio Moreira, 30 anos, são um exemplo dessa precocidade. Incentivados pelas mães professoras, os dois começaram por histórias em quadrinhos e chegaram ao ensino infantil já adiantados.

“Eu literalmente aprendi a ler com as revistas da Turma da Mônica antes de entregar na escola. Isso me ajudou a criar um hábito de ler. Tanto que, tudo que gosto acaba virando leitura, seja sobre música ou outros temas”, comentou Júnior.

Já Moreira pegava as revistinhas dos tios e disse que implorava à mãe para ensiná-lo entender o que estava nas páginas coloridas. Ambos começaram o ensino infantil com dois anos e avançaram uma série por já estar à frente.

A mãe de Júnior e professora infantil aposentada, Cris Coelho, 52 anos, explicou que soube incentivar a leitura em cada fase do filho. “Nós tínhamos caixas de revistas em quadrinho. E quando ele foi ficando rapazinho eu comecei a comprar outras revistas com temas mais adolescentes, como a Superinteressante”.

Hábito virou hobby
Júnior e Moreira colecionam muitos exemplares, alguns raros e diferentes, como uma edição da revista de super-heróis da banda Kiss. No interior da HQ, há fotos do quarteto com rostos pintados doando o sangue que dizem ter misturado a tinta usada para imprimir as páginas. “Na época eu comprei por R$ 10 o relançamento. Foi um marketing de quando o Kiss voltou a formação original, em 1997”, explicou Júnior.

Outro exemplar de cabeceira é o Piada Mortal, uma edição feita sobre a perspectiva do personagem Coringa, o inimigo mortal do Batman. Júnior conta que a revista foi comprada por R$ 10 em um evento de HQ que foi ao Rio de Janeiro, mas poderia passar facilmente dos R$ 70. A coleção tem material publicado no início dos anos 90.

Influência virou tema universitário
Moreira está desenvolvendo um mestrado sobre Cavaleiros do Zodíaco, na Universidade Federal do Tocantins (UFT). Nele, ele trata sobre as influências das formas midiáticas na vida da pessoa, nas escolhas que ela toma e na moralidade que vai adquirir com o passar do tempo.

“Eu gosto de dizer que, praticamente, toda minha vida foi bastante regida por Cavaleiros do Zodíaco. Eu fiz direito por causa deles, porque eu aprendi mitologia grega, formas culturais, e principalmente, que um homem luta pela justiça”, comentou.

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