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Procedimentos como megahair, micropigmentação e unhas de gel precisam de cautela na hora de serem feitos, alerta dermatologista
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Alongamento de cílios, preenchimento de sobrancelhas, unhas postiças, extensões no cabelo… A indústria da beleza está cada vez mais tecnológica e cheia de opções para quem quer mudar o visual. Porém, para os que apostam nas transformações é preciso ter cuidado com os procedimentos escolhidos, alerta a médica dermatologista Raquel Amashta.
Quem não tem muita paciência para aguardar o crescimento dos fios pode alongar as madeixas e deixá-las com o aspecto mais volumoso optando pelo megahair. O procedimento, que pode ser feito em um salão, precisa de cautela, tanto por parte dos profissionais que o executam, quanto das mulheres que buscam a técnica como assim alternativa, explica a dermatologista.
“O processo precisa ser realizado de forma correta. Não é recomendável que a pessoa insista no aplique quando o cabelo não suporta. Em casos de cabelos que não estão saudáveis o resultado pode ser a queda temporária ou até mesmo permanente”, esclarece a médica. Também segundo a especialista, quando os folículos morrem, ou seja, a estrutura capilar da raiz do cabelo, não há o crescimento de novos fios.
Micropigmentação
A micropigmentação de sobrancelhas nada mais é do que a pigmentação de determinadas regiões da pele. Porém, a técnica, que virou febre no país inteiro, se for realizada por profissionais não qualificados pode causar danos irreparáveis.
“A micropigmentação é uma espécie de tatuagem mesmo. O resultado nem sempre agrada, então é preciso escolher um profissional de altíssima qualidade porque uma vez que a técnica é feita é difícil de desfazer”, alerta a dermatologista Raquel.
A médica ainda ressalta que o procedimento não é indicado para quem tem alergia a algum pigmento, nem para grávidas, pacientes com diabetes não controlado e para pessoas com doenças de pele em tratamento.
Unhas postiças
Nem todo mundo consegue ou quer deixar as unhas crescerem. Na esteira dessa demanda, as unhas de gel viraram as queridinhas das mulheres, que optam pelo procedimento para terem as unhas longas.
No caso das unhas em gel, a dermatologista orienta que tanto sua colocação quanto seu uso podem provocar problemas diferentes. De acordo com ela, os componentes químicos utilizados (resinas ou formaldeídos) podem provocar problemas que vão desde a pequenas inflamações, como separação da unha verdadeira da pele, ardência, dor e alergias.
“Em alguns casos é arriscado até mesmo perder a unha natural. É preciso também ficar atento ao risco de infecção, já que as unhas de gel podem acumular bactérias e micro-organismos que provocam doenças. O risco de infecção é muito maior do que com as unhas naturais”, explica a médica.
Quem experimentou as unhas de gel e não gostou do resultado foi a advogada e professora universitária Sibele Biazotto. Ela optou pelas unhas postiças pela comodidade de não ter que ir ao salão durante o período em que teria que comparecer a festividades de formatura.
“Coloquei e de início já não gostei pela espessura que fica, muito grossa. Minhas unhas estavam normais. Depois de 15 dias a diferença na base da unha para o gel fica horrível, ou seja, você já tem de refazer e a manutenção é cara. Tem que ter lixas especiais”, conta.
Sibele conta que além da frustração com o resultado, ela ainda teve problemas com a saúde das suas unhas naturais. “Minha unha ficou parecendo um papel. Toda desfiada em cima. Levei meses para recuperá-la. Conheço pessoas que há mais de 5 anos estão com as unhas de gel, imagino que não haja mais nada da unha natural delas. Inclusive no salão em que faço unha, uma manicure colocou e está com as unhas horríveis agora que tirou. Eu nunca mais coloco”.
Segundo a médica dermatologista, realizar procedimentos e técnicas que ajudam a valorizar a beleza não são proibidos, mas é imprescindível ficar atento à qualificação dos profissionais responsáveis. “Isso vale para qualquer procedimento que se escolha fazer, é preciso ter certeza que os profissionais e o local escolhido são de confiança e capacitados para tanto. A moda passa, mas a nossa pele, cabelo e unhas continuam com a gente”, finaliza a médica.