Estado
Meio Ambiente realiza Projeto Campo Sustentável e inicia fase de análise de solo
Projeto tem como objetivo garantir a redução do desmatamento das cadeias produtivas sustentáveis
Conduzido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), o Projeto Campo Sustentável iniciou neste mês a fase de coleta de material para análise do solo. Este é um dos indicadores que compõem os objetivos do projeto, elaborado para garantir a redução do desmatamento aliado ao desenvolvimento das cadeias produtivas sustentáveis. O projeto-piloto está sendo executado em 25 hectares de uma área degradada na Fazenda Agropecuária Kehrle, município de Brejinho de Nazaré.
Nesta etapa, com apoio da Embrapa, os técnicos realizam a coleta de amostras de solo de uma pastagem degradada e, posteriormente, uma nova coleta será feita na área da propriedade onde está sendo feita a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). “Após as análises químicas e físicas das duas amostras, os resultados devem ser comparados para observar se houve melhoria das condições do solo, como a fertilidade, por exemplo”, observa o coordenador do projeto, o engenheiro florestal Clebson Lima.
O componente agrícola da ILPF, sorgo forrageiro para silagem, já está com 40 dias de plantio e tem previsão de colheita para o mês de maio, quando será realizada a coleta do solo para análise laboratorial. O sorgo foi plantado entre as linhas das mudas de árvores nativas – ipê amarelo, ipê roxo, caju e baru, que já estão em fase de estabelecimento e crescimento, com cerca de 90 dias em campo.
REDD+
O projeto está dentro dos eixos trabalhados para a efetivação, no Tocantins, do Programa Jurisdicional de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD+), que visa assegurar e subsidiar programas de economia de baixo carbono, que diminuem as pressões de desmatamento e degradação e beneficiam as comunidades locais, considerando sempre as salvaguardas socioambientais. Esta primeira etapa acontece na Fazenda Agropecuária Kehrle, como projeto-piloto, e a segunda fase será realizada em propriedade que já sendo selecionada.
A Semarh é a gestora do projeto, como captadora do recurso junto ao GCF (sigla em inglês para a Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas), um valor aproximado de U$ 372 mil (cerca de R$ 1,4 milhão). Entre os parceiros estão o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (IDESAM), como gestor financeiro (conforme determina o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – órgão vinculado à ONU selecionado para intermediar o repasse dos recursos aos estados por meio de instituições parceiras), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), que auxiliou na seleção da propriedade rural piloto, e a Embrapa, com amplo suporte técnico.