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Cidades

Trabalho e pandemia: “Saber linguagem corporal nunca foi tão importante”, relata garçonete

Glauciêdi Morais, 47 anos, é uma profissional que atende clientes há 21 anos e contou sobre os desafios de sua atividade com o surgimento da covid-19

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A pandemia da covid-19 mudou a maneira do ser humano em se relacionar e atingiu a dinâmica de trabalho de muitas profissões, entre elas dos garçons que precisam da proximidade com clientes para um bom atendimento. Glauciêdi Morais, 47 anos, serve pessoas há 21 anos e é a segunda personagem da série “Trabalho e pandemia” que aborda o novo normal para profissionais de diferentes áreas.

Para Glaucia, como é conhecida, a experiência adquirida ao longo de duas décadas como garçonete profissional faz muita diferença neste momento. “Saber linguagem corporal nunca foi tão importante. Nós precisamos saber logo na entrada como o cliente quer ser atendido. Muitas vezes a pessoa não gosta da proximidade e na pandemia isso aumentou. O diálogo ficou mais difícil”.

Outra mudança sensível na aproximação ao cliente é o sorriso, uma ferramenta importante que ficou escondida pela máscara. “A covid-19 tirou a liberdade das pessoas e os restaurantes foram os primeiros afetados. A gente sente falta de tudo, principalmente de ter uma proximidade maior porque isso ajuda no atendimento”, relatou a garçonete.

Higienização constante
Diante de uma doença que tem fácil contaminação, a higienização entre os pedidos precisa ser constante para segurança própria e dos clientes. “Eu prefiro lavar as mãos com detergente e água, me sinto mais limpa, mas se for lavar todo momento a gente não trabalha. Acabo por passar mais álcool em gel e me policio para não passar a mão no rosto”, contou a garçonete.

O Decreto Municipal nº 005/21, de 21 de janeiro, estabelecimentos comerciais, como os restaurantes, devem manter o afastamento de 1,5 metro entre as mesas e disponibilizar obrigatoriamente aos clientes e trabalhadores álcool 70 graus INPM. Também limitar entrada de 1 pessoa para cada cinco metros quadrados do estabelecimento e informar essa capacidade máxima em placa informativa, entre outras ações.

Queda no rendimento
Mesmo antes dos decretos que suspenderam o atendimento presencial dos restaurantes ou regulamentaram seu funcionamento em horário reduzido, Glaucia já havia sentido uma grande queda no movimento e com isso também caiu seu rendimento. “Hoje, acho que hoje temos 40% menos de clientes e acaba por diminuir a comissão. As pessoas não saem de casa, estão com medo e se protegendo, mas isso afeta milhões de profissionais”, explicou.

O decreto também suspende por tempo indeterminado, tanto em áreas públicas quanto privadas, todos e quaisquer eventos públicos e privados, tais como: shows, apresentações culturais, festas, confraternizações e correlatos. Bares e restaurantes podem funcionar das 7 às 23 horas dos domingos às quintas-feiras, e até a meia noite das sextas-feiras e sábados ou feriados.

Um sinal de esperança
Ela é a favor da vacinação e diz aguardar ansiosamente que a população seja imunizada para que vida volte a normalidade. “Eu não posso ser eu neste momento, eu sou muito de abraçar, pegar na mão, sou muito calorosa. Foi um ano de aprendizado para ver que o realmente importante são as pessoas, é o amor acima de tudo e Deus acima de todos. Qualquer um com um pouquinho só de consciência conseguiu perceber isso”, expressou.

Ao todo, Araguaína recebeu 7.010 doses de vacina contra covid-19 para primeira aplicação e 6.641 pessoas já foram vacinadas. Além dessas, recebeu 2.300 doses para segunda aplicação nos primeiros grupos vacinados e 455 pessoas já completaram a imunização.

Também está publicando o vacinômetro, com atualização diária das doses recebidas e aplicadas contra a covid-19, nos perfis sociais da Nossa Araguaína no Facebook, Instagram e Twitter. Os canais de comunicação são o único meio oficial em que a população deve se informar sobre o cronograma de vacinação em Araguaína.

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