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Em torno de 40% das mulheres em fase reprodutiva em Palmas são portadoras de mioma uterino

Assunto será abordado em Jornada Médica, evento que ocorre a partir desta quinta-feira na Capital

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A estimativa dos especialistas é que das 75 mil mulheres em fase reprodutiva na Capital, 30 mil, ou seja, 40% dentro das estatísticas, sejam portadoras de mioma uterino. Deste total, 9 mil (30%) são sintomáticas, isto é, mulheres que apresentam problemas com a doença.

Para discutir melhor o assunto, o Hospital Palmas Medical realizará nesta quinta-feira a Jornada Médica, que tem como tema “Atualização no Tratamento de Miomas Uterinos”. O evento acontece a partir das 19h, no Café de La Musique, em Palmas.  Na ocasião será apresentado um workshop, com especialistas da área, para falar sobre miomas, estudos e os procedimentos inovadores no tratamento desses tumores.

Mioma
De acordo com o ginecologista obstetra Marcos de Lorenzo Messina, o mioma uterino é um tumor benigno da célula muscular do útero, uma vez que, é constituído por células entremeadas por colágeno. “Ele pode ser identificado pelos sintomas clínicos (sangramento menstrual intenso, cólicas menstruais, sensação de peso e volume em baixo ventre)”, observa.

O especialista comenta que ainda não é possível indicar porque uma mulher desenvolve miomas. Porém, o que a medicina consegue identificar são os fatores de risco para o desenvolvimento desta doença, que entre eles estão: raça negra (3 a 9 vezes mais frequente nesta cor), produção hormonal (o mioma só aparece em mulheres por volta dos 30 a 40 anos, quando estão produzindo hormônios, isto é, não existe em meninas que ainda não menstruaram e mulheres na pós-menopausa), fatores hereditários (famílias onde mãe, a avó ou irmãs tem mioma, o que aumenta a chance da paciente também ter) e alterações genéticas.

“O diagnóstico é feito pela avaliação do quadro clínico da paciente, mais exame ginecológico, além de exames de imagem, sendo os dois mais importantes: a ultrassonografia e a ressonância nuclear magnética. A confirmação é feita pela ultrassonografia”, indica Lorenzo.
O ginecologista também ressalta que existe um tumor maligno uterino que parece com mioma a ultrassonografia, chamado sarcoma. A incidência deste tumor é muito rara e se confunde com mioma em cerca de 5% das vezes.

Quanto ao tratamento, ele pode ser clínico através da administração de medicações, cirúrgico ou então pela técnica da embolização. “Mas isso tudo vai depender do quadro clínico da mulher, da idade e desejo reprodutivo”, conclui.

Tratamento
A angiologista e cirurgiã vascular Nayara Costa Cavalcante explica que atualmente a ginecologia tem como forma de tratamento dos miomas, os próprios medicamentos, mas, além disso, também podem ser realizados procedimentos como a miomectomia, que consiste na remoção cirúrgica do mioma uterino e ainda a histeroscopia, uma espécie de inspeção endoscópica do interior do útero e por último, em casos mais graves, a histerectomia, que é a retirada do útero.

Conforme a especialista, na prática, a histerectomia se torna uma indicação difícil em caso de mulheres que ainda não tiveram filhos, ou mulheres que não tiveram boa resposta ao tratamento convencional. “Então aí sim entra a possibilidade da embolização de miomas”.
Também segundo a médica, a embolização da artéria uterina é um procedimento minimante invasivo e sem cortes. “Podemos interromper o fluxo sanguíneo dos miomas, dessa forma o mesmo pode evoluir, não necessitando mais da histerectomia. A indicação de embolização cabe ao ginecologista, porém quem está apto a fazer o procedimento é o cirurgião endovascular ou radiointervencionista”, completa.

Caso
A vendedora Eliane Sousa, 31 anos de idade, conta que sempre sentiu muitas cólicas menstruais e foi em um exame de rotina que ela descobriu que tinha vários miomas e precisaria fazer a cirurgia para tirar os tumores. “A ideia era engravidar para só então operar. Mas sempre tinha algo me incomodando quando ia ao banheiro, foi quando fiz uma ressonância e viram que tinha um mioma do tamanho de um limão no meu útero, o que me preocupou, então decidi fazer logo”, relata.

Segundo Elaine, todo o processo médico, bem como a recuperação foi simples. “A minha cirurgia foi videolaparoscopia. Operei em um dia e no outro já fui para minha casa. Hoje me sinto bem”.

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