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Política

Defensoria Pública dá início ao curso de canto coral para mulheres da prisão feminina de Palmas

Primeira aula contou com audições de vozes para divisão de naipes e ensaio da música “Moça Bonita”, de Geraldo Azevedo

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O regente Anderson Cleiton direcionou os testes vocais

Cerca de 20 reeducandas da Unidade Prisional Feminina (UPF) de Palmas participaram na quarta-feira, 23, da primeira aula do curso de canto coral oferecido pela Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO). No primeiro dia de ensaio, houve uma audição de vozes para divisão de naipes (características semelhantes de tons mais graves ou agudos).

Na ocasião, o regente Anderson Cleyton da Silva Menezes direcionou as audições, com exercícios vocais para descobrir as características de cada uma das vozes. “Eu fiquei muito tímida no começo, morro de vergonha de cantar sozinha, mas a vontade de cantar falou mais alto e eu me soltei”, brincou uma das reeducandas.

Logo após as audições, as mais novas coralistas puderam já dar os passos para o aprendizado da primeira música do coral. Elas ensaiaram a canção “Moça Bonita”, de Geraldo Azevedo. De acordo com a coordenadora do coral, a servidora da DPE-TO Catarina Lopes, o objetivo é estimular o contato de reeducandas da com a arte musical.

Segundo ela, a canção “Moça Bonita” foi especialmente escolhida com o intuito de expressar a força das mulheres. “As primeiras canções vão trabalhar o empoderamento feminino. Mostrar a força, a luz e a garra das mulheres, independentemente da sua condição social”, declara Catarina. Ela acrescenta também que, mais do que interpretar as canções em vozes, a dança também será inserida no repertório. “Vamos trabalhar coreografias em cada canção para mostrar que a beleza artística do coral é maior que qualquer erro das meninas”, complementa.

As aulas do curso de canto coral acontecem na sede da própria da Unidade Prisional Feminina de Palmas, no bairro Santa Fé, região Sul da Capital. Inicialmente, 17 das 60 detentas que cumprem pena na UPF serão contempladas pela atividade, participando de aulas de aquecimento vocal, preparação técnica e práticas de ensaios, todas as quartas-feiras, das 15 horas às 16h30, durante os próximos seis meses.

Pedagoga da UPF de Palmas, Maristela Miranda Soares já tinha a proposta de desenvolver um coral na unidade. Com a iniciativa da DPE-TO, a pedagoga uniu forças e desenvolveu junto a proposta. “Estou muito feliz de ver esse sonho hoje se concretizando. A música é mais uma forma de trazer alegria e paz interior para as mulheres da unidade”, declara.

Curso

O curso é uma iniciativa da Escola Superior da Defensoria Pública (Esdep) em parceria com o Núcleo de Assistência ao Preso (Nadep), Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), e Secretaria Estadual da Cidadania e Justiça (Seciju).

Além de funcionar como terapia que proporciona harmonia, desenvolve sensibilidade, concentração, autoestima e alívio de ansiedade, o curso Canto Coral intenta, ainda, formalizar a criação do primeiro Coral da UPF de Palmas, que poderá se apresentar em órgãos públicos, entidades e na comunidade em geral, promovendo a ressocialização da reeducandas.

Além disto, a DPE-TO também vai pleitear, junto à Justiça, o reconhecimento do curso como sendo uma atividade de remição.

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