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Turma de profissionais da saúde passa por curso sobre ‘Identificação, notificação e manejo das violências’

Qualificação é voltada aos profissionais das regiões norte e central da cidade e será certificada pela Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp)

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Enfermeiro da Semus e pesquisador do Qualifica-RAVS da Fesp, Ilton Batista Júnior, durante o curso

Por Assessoria

A Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp) promove nesta sexta-feira, 30, o curso ‘Identificação, notificação e manejo das violências’, que já está na sexta turma, desta vez voltada aos profissionais da saúde das regiões norte e central da cidade. Ao todo, serão capacitadas dez turmas, atendendo toda a Atenção Primária da rede municipal da Capital. O curso é uma iniciativa da Secretaria da Saúde (Semus), por meio da Coordenação da Área de Causas Externas, e será certificado pela Fesp.

O objetivo é capacitar os profissionais das Unidades de Saúde da Família (USFs), como médicos, enfermeiros, odontólogos, psicólogos e assistentes sociais, de forma que estejam aptos a identificar os variados tipos de violências, notificar e manejar adequadamente estes agravos. “Para que nós da secretaria possamos trabalhar, intervir enquanto saúde pública, traçar estratégias para diminuir a reincidência dos casos, precisamos que vocês do acolhimento, notifiquem. Se não notifica, a gente não sabe. Temos que trabalhar em conjunto para propor ações efetivas para as vítimas como por exemplo, articular a reinserção de uma criança de volta à escola. Para isso, precisamos desse acompanhamento em toda a Rede”, enfatizou a coordenadora técnica das Causas Externas da Semus, Lorenna Martins.

“Hoje, através do curso, compreendi a importância da notificação de violência para a intervenção e elaboração de políticas públicas. Para meu trabalho no Núcleo, descobri várias formas de aperfeiçoar as ações de saúde e conhecimentos valiosos sobre os manejos necessários para pessoas em situação de violência. Como pesquisador, as discussões de hoje ajudaram a esclarecer e nortear as minhas referências e estudos, possibilitando que eu colabore, ainda mais, com as produções científicas de nossos projetos”, disse o enfermeiro do Núcleo de Vigilância e Prevenção de Violência e Acidentes, Promoção de Saúde e Cultura da Paz (NUPAV) e pesquisador do Programa de Qualificação da Rede de Atenção e Vigilância em Saúde (Qualifica-RAVS) da Fesp, Ilton Batista Júnior.

A violência é uma agravo acompanhado pela Coordenação da Área Causas Externas da Semus, com base na Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências, e durante a oficina os profissionais recebem treinamento sobre a notificação de casos que devem ser registrados pelo sistema Notifica SUS.

 

Setembro Amarelo

A capacitação acontece no último dia de setembro, mês dedicado à conscientização e prevenção ao suicídio. Um dado apresentado no primeiro semestre de 2022 chama a atenção, de janeiro a agosto, foram registrados 264 casos de violência autoprovocada. No último Boletim Epidemiológico, referente ao mesmo período no ano de 2021, foram 112 casos notificados, enquanto que no segundo semestre foram 233 registros.

“Um salto de mais de 100%, mas apesar do alto número registrado, entendemos também como um reflexo das capacitações dos profissionais de saúde que tem tornado nossa rede com um olhar mais sensibilizado para captar e notificar as violências. Porém, com base no último boletim, esse ano a gente criou um monitoramento dos casos que vem de diferentes portas de entrada. A gente lança no nosso sistema e a partir daí encaminha à Atenção Primária para uma abordagem acolhedora e monitoramos se foi ofertado o cuidado”, destaca a coordenadora Lorenna Martins.

“Quando uma pessoa chega em sofrimento mental nos serviços de saúde, tendemos a pensar em depressão, e não costumamos relacionar com seu contexto de vida. Precisamos ter atenção aos determinantes sociais, olhar para a vida da pessoa como um todo. O sofrimento mental nunca surge do nada! A partir daí, ofertamos acompanhamos tanto na Atenção Primária quanto na Especializada, dependendo de cada caso”, explicou a psicóloga das Causas Externas, Lauriane Moreira, reforçando que o atendimento à pessoa em situação de violência tem contato, especialmente, com o apoio do assistente social para garantir a retornada dos direitos que foram infringidos.

 

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